“Fiz uma lista de homens hediondos na minha vida. Isso inclui o presidente – que me violou no provador da loja Bergdorf Goodman, há 23 anos”, pode ler-se na legenda da imagem divulgada pela New York Magazine, no Instagram, com a capa da revista. Nesta, surge a jornalista E. Jean Carroll, a usar o casaco que vestia no dia em que tudo aconteceu e que, desde então, estaria inutilizado no seu armário.
No relato cru e agoniante do seu livro What Do We Need Men For?, cujo excerto pode ser lido na revista, diz que o atual presidente dos Estados Unidos a reconheceu como “a senhora dos conselhos” – na altura, era colunista da revista Elle – e que lhe pediu ajuda para escolher um presente para uma rapariga. Este terá então sugerido que fossem para a secção de lingerie e foi lá que tudo aconteceu.
“No momento em que a porta do provador se fechou, ele dirigiu-se a mim, encostou-me contra a parede – o que me fez bater com a cabeça com força – e pôs a sua boca contra os meus lábios. Fiquei tão chocada que o afastei e comecei a rir de novo“, começa por dizer.
“Ele agarrou os meus braços e encostou-me contra a parede uma segunda vez, e quando eu tive noção do quão enorme ele era, ele segurou-me contra a parede com o ombro, colocou a mão por baixo do meu casaco, e baixou os meus collants“, continuou.
Em seguida, a jornalista disse ter chegado a ser violada por Trump, até conseguir afastá-lo com um joelho e sair da loja a correr. A Casa Branca referiu-se às acusações como “uma história completamente falsa e irrealista“, a surgir mais de 20 anos depois. Carroll contrapõe, afirmando que contou o sucedido a alguns amigos, na altura, e estes confirmaram-no à New York Magazine.