Preservar e dinamizar um legado com 600 anos é uma das missões de Diana de Cadaval. Ao lado da mãe, Claudine, e da irmã mais nova, Alexandra, a duquesa está a transformar o Palácio Cadaval num dos mais importantes polos culturais de Évora. Além de acolher exposições de arte, festivais de música e vários eventos privados, este monumento, que já foi conhecido como o Palácio da Torre das Cinco Quinas, tem também sido palco de momentos marcantes na vida desta família. Foi aqui que, em junho de 2008, Diana de Cadaval festejou o seu casamento com o príncipe Charles-Philippe d’Orléans, duque de Anjou, e que, em outubro de 2012, celebrou o batizado da sua filha, Isabelle, agora com sete anos.
Depois de posar ao lado do marido e da filha, a princesa d’Orléans fez-nos uma visita guiada pelas memórias deste palácio, revelando como consegue conciliar de forma harmoniosa as suas responsabilidades como duquesa de Cadaval com o seu dia a dia de mãe e de profissional.
– Hoje vai inaugurar mais uma exposição na galeria do palácio. O vosso objetivo é abrir cada vez mais este espaço ao público?
Diana de Cadaval – Sim. As famílias que ainda têm palácios ou castelos procuram dar-lhes um novo dinamismo. E, no nosso caso, tem sido muito positivo. As exposições e os festivais que temos feito no palácio têm corrido muito bem. Já tomámos a decisão de abrir a casa ao público há alguns anos, que foi, aliás, um caminho iniciado pelos meus pais. O palácio estava em muito mau estado e os dois fizeram um trabalho fabuloso para o recuperarem. Hoje, a minha irmã, Alexandra, e eu estamos muito envolvidas nas atividades culturais que aqui decorrem. O meu marido também tem sido um grande apoio. E até a Isabelle já participa. É muito importante cada um descobrir o seu papel nesta bonita história. O palácio está na nossa família há 600 anos e eu sou a 11.ª geração.
– E é fácil transmitir este legado à Isabelle, que é uma menina que faz parte de uma geração que já tem outros interesses?
– Para se poder sensibilizar esta nova geração temos de pôr as crianças em contacto com o património. Temos de levá-las aos museus e aos palácios. Também devemos explicar-lhes a História de uma maneira leve, porque, caso contrário, torna-se aborrecido e elas desinteressam-se. Tento envolver a Isabelle convidando-a para fazer certas atividades comigo, como receber grupos. E isso vai-lhe aguçando a curiosidade.
– Quais são as principais memórias que tem deste palácio?
– Tenho várias memórias. Lembro-me da primeira noite que cá passámos depois das grandes obras de restauro. Também associo muito este espaço ao meu casamento e ao batizado da minha filha. A Isabelle foi a primeira futura duquesa de Cadaval a ser batizada na nossa igreja [Igreja de São João Evangelista]. Foi um momento muito marcante e bonito para todos. E recordo-me da exposição que organizámos com o nosso grande amigo Hubert de Givenchy, também na igreja.
Diana de Cadaval garante: “Sempre fomos uma família muito unida”
Diana de Cadaval, o marido, o príncipe Charles-Philippe d'Orléans, e a filha, Isabelle, de sete anos, dividem-se entre a sua casa no Estoril e o Palácio Cadaval, em Évora. A duquesa tem-se dedicado com empenho à gestão deste património histórico, que já está na família há 600 anos.