Luísa Cruz venceu esta noite, 29 de setembro, o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Teatro, com a sua participação em “A criada Zerlina”. Este é o terceiro globo da sua carreira. A artista conta já com mais de 30 anos de teatro profissional e uma extensa lista de interpretações.
Nas suas declarações dedicou o prémio “àqueles que não têm voz: homens e mulheres”, por ignorância ou impossibilidade.
Dedicou 10 anos da carreira ao Teatro da Cornucópia onde, para além de Luís Miguel Cintra, trabalhou com encenadores como José Wallenstein, Stephan Stroux, Miguel Guilherme, Adriano Luz, Christine Laurent e Rui Mendes.
Licenciada em Teatro e Cinema pela Escola Superior do Conservatório Nacional de Lisboa, Luísa Cruz iniciou a sua carreira com a peça Pílades, em 1985. Quatro anos e cerca de dez peças depois vieram os primeiros prémios: o de Melhor Jovem Atriz (atribuído pela revista O Actor), e o de Atriz Revelação (atribuído pelo semanário Se7e).
A atriz tem dedicado a sua vida ao mundo do espetáculo e do entretenimento e já fez uma pouco de tudo: teatro de palco, teatro para televisão, canto, espetáculos de poesia, musicais, cinema, televisão, locuções e dobragens.
No Teatro São Carlos entrou em várias óperas, mas cantar fado é também uma das áreas em que se destaca. Como tal, em março de 2005, lançou Quando Lisboa Anoitece, um CD produzido em parceria com o pianista Jeff Cohen.
Entre a RTP, a SIC e a TVI participou, ao todo, em 20 telenovelas e séries. Espírito Indomável, Resistirei, Doce Fugitiva, Anjo Meu,, Morangos com Açúcar, Doida por Ti, Belmonte, Rainha das Flores, Espelho d’Água, Vidas Opostas e, mais recentemente, Nazaré, entre muitas outras.
Na sétima arte, entre outros trabalhos, Luísa Cruz entrou no Filme do Desassossego, de João Botelho, Veneno Cura, de Raquel Freire, Os Mutantes, de Teresa Villaverde, e Ao Sul, de Fernando Matos Silva.
Deu voz a alguns personagens do popular programa da RTP Contra-Informação e a muitos personagens infantis. Dedicou-se também à transmissão dos seus conhecimentos aos mais novos e, durante nove anos, e lecionou teatro na Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, em Almada.
Nos Globos de Ouro de 2006, Luísa Cruz ganhou o Prémio de Melhor Atriz de Teatro pelo trabalho desempenhado no ano anterior em três espetáculos muito diferentes: A Cadeira (texto de Edward Bond, encenação de Luís Miguel Cintra, Sangue no Pescoço do Gato (de Fassbinder) e A Orgia (de Pasolini, encenação de João Grosso).
Em 2011 repetiu o feito, ganhando mais um Globo de Ouro na mesma categoria, pelo papel na peça A Cidade, encenada por Luís Miguel Cintra.
Este ano volta a estar entre os nomeados, pelo desempenho em A Varanda – onde tem o papel de ‘Rainha’ – também encenada por Luís Miguel Cintra.
Catarina Wallenstein (na peça Não se Brinca com o Amor), Mónica Calle (na peça Recordações de Uma Revolução) e Sandra Faleiro (na peça Quem Tem Medo de Virginia Woolf?) são as outras atrizes que estão na corrida do galardão de Melhor Atriz de Teatro na XVII Gala dos Globos de Ouro.