Ricardo Santos
Duarte Gomes, de 33 anos, já tem no currículo vários sucessos televisivos, sendo o mais recente a série da SIC Golpe de Sorte. Contudo, nunca se deixou deslumbrar por este mundo mediático, sabendo bem de onde vem e onde quer chegar. E mais importante do que os pontos de partida e de chegada é o caminho sólido e sem atalhos que quer percorrer para alcançar o seu grande objetivo: ser um ator com uma carreira que fale por si.
Contrariando a sua discrição, Duarte tem mostrado nas redes sociais quem é fora da televisão. Aos poucos, o rapaz simpático e reservado tem dado lugar ao homem confiante que gosta de marcas sofisticadas. Também mostra sem pudores o seu lado mais romântico ao partilhar fotografias com a atriz Filipa Nascimento, com quem namora há mais de meio ano.
Tendo a Costa do Estoril no horizonte, o ator posou para a CARAS e revelou o que faz dele uma pessoa realizada com as escolhas que tem feito, mostrando-se otimista com o que o futuro lhe reserva.
– O Golpe de Sorte parece ter sido um projeto muito importante para toda a equipa. Também o marcou?
Duarte Gomes – Sim, foi um projeto especial. Foi maravilhoso contracenar com a Manuela Maria, com o Vítor Norte e tantos outros. Às vezes dava por mim a observar a forma como os meus colegas trabalhavam. E tínhamos um ambiente incrível.
– Quem o acompanha nas suas redes sociais vê que nestes últimos dois anos ficou mais confiante e até parece ter perdido alguma timidez. Sentiu essas mudanças?
– Não sei, nunca tinha pensado nisso. Se aconteceu, fico feliz. Continuo a ser reservado, mas sinto que já não penso tanto antes de agir ou de falar. Sou mais espontâneo e menos ponderado, talvez. Mas continuo a gostar mais de observar do que de falar. As redes sociais permitem-me mostrar o Duarte de todos os dias, e isso é bom.
– E trabalha num meio em que é determinante aparecer e mostrar-se…
– Cada um tem de encontrar o seu caminho. Temos a nossa identidade e, se não formos genuínos, mais cedo ou mais tarde as pessoas percebem. Compreendo perfeitamente que queiram ver um bocadinho mais quem sou no dia a dia. Também acho graça a ver aspetos da vida de outros, sobretudo quando se trata de viagens. Tem de haver bom senso no uso das redes sociais.
– Por falar em viagens e redes sociais, no ano passado teve uma experiência muito gira…
– É verdade. Um professor da Argentina procurava material para dar aulas sobre a Europa e encontrou a minha conta de Instagram, na qual partilhei a viagem que fiz a vários países europeus. Começou a usar as minhas imagens para ilustrar a matéria, a história chegou a uma rádio e, como há muitos emigrantes portugueses na Argentina, rapidamente perceberam que se tratava de um ator. Chegaram à minha agente e fiz um vídeo de saudação para todos. O movimento chegou mesmo ao embaixador português na Argentina. É interessante perceber como é que as fotografias de um português chegaram a uma aula de Geografia na Patagónia.
