Chris Martin, vocalista dos Coldplay, deu recentemente uma entrevista à Rolling Stone, na qual revelou ter sido vítima de bullying na escola, por parte de colegas que diziam que o músico seria homossexual, uma experiência que fez com que, durante a infância, tivesse realmente medo de gostar de pessoas do mesmo sexo.
“Quando era criança tinha uma maneira engraçada de andar. Mexia-me um pouco e isso fez-me ser muito homofóbico, porque pensava que se isso me tornava gay ia estar amaldiçoado para o resto da vida”, começou por contar o artista. “Naquela altura era apenas um miúdo a descobrir a sua sexualidade e essa ideia deixava-me aterrorizado. Tudo se agravou quando entrei num colégio interno, onde um grupo de rapazes passava o dia a dizer-me que definitivamente eu era gay e a rir-se de mim de forma bastante agressiva, durante anos, só pela minha maneira de andar”, revela.
“Eu não sabia se era ou não, apenas que não podia ser porque isso estava errado. Aquilo criou-me uma terrível confusão interna e comecei a preocupar-me de verdade. Então, quando fiz 15 anos, disse a mim próprio que se fosse gay estava tudo bem. E de repente tudo parou. Foi muito interessante, tudo mudou no momento em que assumi que, mesmo que fosse gay, estava tudo bem”, partilhou o músico, na mesma entrevista, acrescentando que começou a pensar assim quando entendeu que muitos dos seus “heróis” eram homossexuais e que isso não mudava a forma como olhava para eles. “Senti um grande alívio”, referiu.
No que respeita à religião, também essa foi para si uma altura de mudanças. Educado na religião católica, começou a questionar os conhecimentos que ia adquirindo sobre Deus. “Não me sentia muito vinculado a essa religião”, afirmou, explicando que criou a sua própria relação com aquilo que acredita ser Deus.
Recorde-se que Chris Martin foi casado com a atriz Gwyneth Paltrow entre 2003 e 2016. Recentemente namora com a também atriz Dakota Johnson.