Joana Norton de Matos sempre acompanhou a carreira do marido, o treinador de futebol Luís Norton de Matos, e todas as suas mudanças de país. E foi quando viveram quatro anos em Dakar, no Senegal, onde Luís orientava a equipa do Étoile Lusitana, que Joana decidiu mudar um pouco o rumo da sua vida, seguir os seus sonhos e tirar um curso de pintura. Sete anos depois, a artista passa boa parte dos dias no seu ateliê à volta dos pincéis, das tintas e das telas. E foi no dia do 23.º aniversário do seu casamento que Joana apresentou a sua primeira exposição, intitulada L’ Afrique, no espaço Cais 16 – Craft Gallery, em Cascais.
“Comecei a pintar há mais ou menos dez anos, na altura em que vivíamos no Senegal, com uma professora russa. A arte e a pintura sempre foram paixões minhas e resolvi arriscar, ousar, dedicar-me ativamente e começar a pintar. Estes quadros foram feitos ao longo de cinco anos e foi em África, em recordações e memórias que tenho das medinas, no movimento nas ruas e no dia a dia daquela cidade que me inspirei. Comecei esta coleção quando regressei, em 2013, e já estou a preparar outras”, disse-nos a pintora, enquanto recebia os convidados e fazia questão de explicar as suas obras a cada um, embora a maioria já as conhecesse de sua casa.
A seu lado em todos os momentos tem estado Luís Norton de Matos, que apoiou desde o começo a aventura da mulher, conforme nos contou: “Acompanhei todo o processo da Joana, vi crescer esta coleção e estou muito orgulhoso dela. De início eram os nossos quadros e agora vão ser de quem os quiser. Dá-me muito gozo que ela tenha esta motivação e a coragem de se expor. Fazemos hoje 23 anos de casados e sinto que agora também posso retribuir toda a dedicação que ela me deu ao longo de tantos anos.”
Bárbara Norton de Matos, enteada de Joana, fez questão de marcar presença e de frisar o seu orgulho: “Tenho acompanhado todo este processo e esta paixão da Joana, e já lhe tinha dito várias vezes, à semelhança de muitos amigos dela e mesmo do meu pai, que devia fazer uma exposição. Ainda bem que ela assim o decidiu. Tenho um quadro dela em minha casa, lindo de morrer, que irá acompanhar-me para onde eu for. Acho que ela tem imenso jeito, pinta muito bem, e eu adoro esta coleção, mas também gosto muito das que ela já está a preparar. Adoro as cores que usa e espero que continue a pintar.”
Francisco Norton de Matos, irmão de Luís, também quis dar o seu apoio à cunhada: “Desde o Senegal que tenho vindo a acompanhar o percurso da Joana, e gosto muito. Conheço esta coleção de casa deles e agora que ela fez esta exposição acho que vou ter de ter um na minha casa também.”
