Antes de se sentarem à mesa com as respetivas famílias para celebrarem a Consoada, Fernanda Serrano, Miguel Vieira, Inês Herédia, Ricardo Carriço, Sara Prata e Isilda Moreira juntaram-se para um Natal antecipado e partilharam com a CARAS as suas memórias dos Natais de outros tempos e das tradições que esperam preservar para sempre.
Recentemente divorciada de Pedro Miguel Ramos, Fernanda e a família têm vindo a adaptar-se a esta nova realidade, e o Natal faz parte dessa readaptação. “Este ano confesso que nem me apetece muito falar do Natal… Mas posso dizer que a noite de 24 vai ser com os meus pais, e vamos passar bem, mas o dia 25 é que vai ser realmente importante, porque os meus filhos vão estar connosco. Acredito que o Natal é uma partilha imensa de amor e que o fundamental é sermos sempre mais à mesa, nunca menos”, começou por dizer, sem esconder alguma tristeza por, pela primeira vez, não poder passar os dois dias de festa com os filhos, Santiago, de 14 anos, Laura, de 11, Maria Luísa, de dez, e Caetana, de quatro.
“Não sou muito de pedir. Sou mais de agradecer. E quero sobretudo agradecer a família que tenho, a saúde, ter tanto amor à minha volta, ter uma carreira e um percurso profissional bonito, do qual me orgulho e que quererei manter tal e qual com este padrão por muitos mais anos, e esperar que venham muitas dezenas de outros Natais em que eu agradeça exatamente o mesmo. O que importa são as pessoas que nos amam, que nós amamos e que queremos ter por perto. De resto, quero cada vez mais destralhar a minha vida das coisas e das pessoas que nos fazem mal e que não queremos ter por perto”, frisou ainda Fernanda, com a serenidade de quem sabe que está a dar os passos certos para a felicidade.
Sendo o Natal a festa da família por excelência, Ricardo Carriço vive-o intensamente com quem mais ama. E isso inclui passar a noite da Consoada com a mãe e os irmãos e a de 25 com os amigos. “Foi algo que implementei há uns anos e já é tradição: no dia de Natal reúno os amigos em minha casa, cada um traz os restos da noite anterior, e fazemos uma grande jantarada, com troca de presentes incluída”, contou o ator, confidenciando: “Ando com muita vontade de um dia passar o Natal numa instituição. O Natal é capacidade de dádiva, de partilha… A vida deveria ser olhar para o outro, darmos de nós, mas a sociedade não nos permite que tenhamos este lado mais emocional. Se tivéssemos isso presente no dia a dia, viveríamos muito melhor. Desejo muito que este lado humanista prevaleça, o mais possível, o ano inteiro.”
Para Inês Herédia, esta quadra é sinónimo de celebração da vida de Jesus, de casas cheias, de Missa do Galo. E este ano proporcionará novas memórias e tradições, já que é o primeiro Natal dos filhos, Luís e Tomás, de quase um ano. “Este vai ser o melhor Natal de todos. Já comprámos uma árvore de Natal pequenina, do tamanho deles, para não lhes cair em cima. Eles ainda não vão ter consciência do que é isto do Natal, só vão perceber que vão passar dias em festas, mas até já lhes comprei pijamas de Natal. Como a família é grande, começamos os festejos a 22 e acabamos sempre a 25, porque faço anos a 27, tal como os meus filhos”, explicou a atriz, revelando: “Normalmente fazemos o Natal em casa dos meus pais, onde cabe tudo. No dia 24 fazemos com a família da Gabi [a mulher da atriz, Gabriela Sobral], os meus pais e os meus irmãos e no dia 25 é com a família toda, primos e afins. Somos muitos.”
E porque guarda recordações encantadas dos Natais da sua infância, Inês confidenciou ainda: “Gostava muito que os meus filhos experimentassem todas as tradições que me fizeram feliz. Não lhes quero impor nada do que vivi, mas somos mesmo uma família muito unida e isso é muito giro. O Natal é família e são memórias tão especiais… E depois, quando és mãe, só queres mesmo que toda a gente seja saudável. E gostava que o ano que aí vem fosse menos assustador em relação ao caminho que a nossa espécie está a tomar. Os extremismos, o nível de intolerância… Só peço que os meus filhos continuem a crescer muito felizes.”
Miguel Vieira passa sempre o Natal em casa dos pais, em São João da Madeira, onde diz que nunca falta o bacalhau e o seu molho de azeite e alho, e o doce preferido do criador, os bilharacos. “Vivo sempre o Natal de forma muito efusiva, porque sou católico e porque a tradição de fazer e receber chamadas telefónicas de pessoas com quem já não falo há algum tempo tem para mim uma importância muito grande. Tenho uma família pequena, mas esta é a quadra da família e é fundamental estar com eles”, disse-nos o estilista, contando: “Desde miúdo que a minha mãe faz uma árvore de Natal gigante, com quatro metros de altura, onde pendura postais de quando éramos miúdos, fotografias nossas… É uma árvore que se vai compondo ao longo dos anos, é quase uma árvore de memórias. E ainda faz um presépio enorme, com musgo, que eu ia sempre apanhar quando era miúdo.”
Na família de Sara Prata, o grande entusiasta do Natal – o seu avô – já partiu. Por isso mesmo a tradição das caças ao tesouro e das pirâmides de presentes que ele fazia carinhosamente para os netos já não acontece. Ainda assim, o amor familiar mantém-se inalterado e por isso, e apesar da nostalgia, continuam a juntar-se na noite de Natal. Sempre à volta das memórias que guardam com muito carinho: “Fazíamos muitos teatros, cantávamos, dizíamos poemas… O meu avô sempre puxou muito por este lado mais artístico da família, pelo que fazíamos sempre uma grande festa à volta do Natal. Mas é bom que essas tradições de amor pelo próximo não se percam. Quero muito que o espírito natalício não morra.”
Um espírito que também se mantém bem vivo em casa de Isilda Moreira. “Só abrimos os presentes depois da meia-noite. Sempre foi assim, e mantemos. Ficamos todos a contar os minutos. Quando era criança, era o Pai Natal que trazia os presentes, e continua a passar lá em casa. Como tenho uma sobrinha, há sempre alguém que se veste de Pai Natal. Eu própria já me vesti”, partilhou a modelo, divertida.