![Bárbara Lourenço LC7152.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/6/2020/01/15850722B%C3%A1rbara-Louren%C3%A7o-LC7152.jpg)
Luis Coelho
Se pudesse escolher, Bárbara Lourenço, de 27 anos, queria que o novo ano lhe trouxesse viagens, bons projetos profissionais e mais momentos ao lado de quem gosta. Podem parecer desejos banais, mas refletem a forma descomplicada como a atriz encara a vida. Com os pés bem assentes na terra e sem se deslumbrar com a fama, Bárbara sabe bem que o sucesso é feito de muita entrega e dedicação. Apesar de adorar representar, a atriz não se define apenas pelo seu trabalho, reconhecendo que é dentro de casa, ao lado do namorado, Hugo Gasparinho, que vive os seus momentos mais felizes.
Num final de tarde emoldurado pelas luzes de Natal, Bárbara, que dá vida a Mafalda na novela da SIC Terra Brava, revelou a mulher que é fora da televisão, partilhando alguns dos sonhos que quer realizar profissional e pessoalmente.
– Vive a quadra natalícia em pleno?
Bárbara Lourenço – Adoro o Natal. Gosto das músicas, das luzes, da comida e de estar com a família. Nesta época as pessoas ficam mais felizes.
– É uma pessoa caseira? Gosta de ficar em casa a apreciar a companhia dos seus?
– Sim, muito. Adoro ficar em casa a ver uma série. Uma das coisas de que mais gosto é chegar a casa, pôr-me confortável e ficar com os meus cães no sofá a ver televisão. Sou uma pessoa muito descontraída. O que se vê nestas fotos sou eu no meu dia a dia. É assim que me sinto bem. Claro que também gosto de me arranjar, mas nas ocasiões certas.
– Falando de trabalho, está a interpretar uma jovem seropositiva na novela Terra Brava. Como encara o desafio?
– No início, fiquei assustada, porque é uma personagem muito forte e tinha medo que quisessem explorar o lado mais negativo da doença. Mas não foi o caso. A Mafalda é seropositiva, mas toma a medicação e a doença é quase indetetável. Ela tem uma vida completamente normal. Quem não percebe do assunto pensa que o HIV é uma sentença de morte, e não é. Esta personagem mostra que se pode viver de forma normal mesmo tendo esta doença. É um papel que ajuda a quebrar preconceitos.
– E gosta de interpretar um papel com essa relevância social?
– Sim, acho importante fazer uma personagem que quebre tabus e informe o público. Tudo isto acontece numa vila pequena, onde todos falam. Ela tem de enfrentar alguns preconceitos no início, mas depois é bem aceite, o que é um ótimo sinal. Nunca quis que a Mafalda fosse definida pela sua doença.
Uma entrevista para ler na íntegra na edição 1272.