Sempre se especulou sobre o que teria levado Jackie Kennedy, viúva do antigo presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, e o multimilionário grego Aristóteles Onassis a contraírem matrimónio. Muitos diziam que era um casamento de conveniência, ela por motivos económicos, e ele porque ao dizer ‘sim’ à “viúva da América” poderia estar a abrir muitas portas a relações importantes para os seus negócios.
Os dois permaneceram casados entre outubro de 1968 e 15 de março de 1975, data em que o multimilionário morreu, aos 69 anos, um momento em que começou uma batalha judicial entre a sua única filha, Christina Onassis, e Jackie. Agora, vão a leilão alguns documentos sobre o acordo a que as duas chegaram após a morte de Onassis, que estavam nas mãos de um colecionador privado. A base de licitação começa nos 14 mil euros e quem conseguir obter estes arquivos vai ter acesso a dados importantes sobre duas famílias de grande relevo.
Após a morte de Aristóteles Onassis, calculou-se que a sua fortuna ascendesse aos 500 milhões de dólares (mais de 465 milhões de euros), pelo que a batalha na justiça durou meses, até Christina e Jackie, que nunca tiveram uma relação de proximidade, chegarem a um acordo.
Entre os documentos que vão agora a leilão encontra-se o acordo redigido pelo notário James Malcolm Waugh, em Londres, e algumas pastas, que indicam que Jackie Kennedy recebeu uma pagamento de 19 milhões de euros de Christina, que era a representante legal do seu pai e sua herdeira. “A esposa renuncia em favor da filha qualquer reivindicação, direito, título ou interesse em receber ou herdar qualquer parte dos bens do pai”, pode ler-se num desses documentos.
Há ainda outro documento que revela que Onassis doou 1,8 milhões de euros a Jackie antes de morrer.
O encarregado do leilão, Francisco Pinero, descreveu o documento como “de interesse excecional” e revelou que foi mantido em segredo por muitos anos “por razões óbvias”. “Acreditamos que o que foi leiloado foi um documento que foi deixado nas mãos do advogado e que ele ou morreu ou fechou o seu escritório. Não sabemos por que motivo acabou em mãos particulares, mas tem um conteúdo legal extremamente interessante”, afirma.