Os antigos presidentes dos Estados Unidos Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama mostraram-se disponíveis para tomarem a vacina contra a Covid-19 em público, a seguir aos grupos prioritários. O objetivo dos três ex-presidentes é aumentar a confiança dos norte-americanos na vacinação.
“Em pessoas como o Anthony Fauci, que eu conheço e com quem trabalhei, eu confio totalmente. Por isso, se me diz que a vacina é segura e imuniza contra a Covid-19, eu com certeza vou tomá-la”, afirmou Barack Obama, numa entrevista a Joe Madison, garantindo ainda que poderá levar a vacina em direto para a televisão.
Já o o chefe do staff de Bush, Freddy Ford, avançou à CNN que o antigo presidente também tem planos de promover a vacina, e, tal como Obama, em frente a uma câmara e só depois de todas as pessoas de risco serem vacinadas. “Há algumas semanas, pediu-me que dissesse ao Dr. Fauci e à Dra. Birx que, na altura certa, queria fazer o que fosse possível para encorajar os cidadãos a serem vacinados”, afirmou.
Também o secretário de imprensa de Bill Clinton, informa que os planos do antigo Presidente seguem a mesma linha dos de Obama e Bush. “O Presidente Clinton irá tomar a vacina assim que estiver disponível para ele, baseando-se nas prioridades definidas pelas autoridades de saúde, e irá fazê-lo em público, se isso incentivar todos os americanos a fazerem o mesmo”, informou, à revista People.
Estes gestos chegam numa altura em que os EUA atravessam a pior fase desde o início da pandemia. Os números desta quinta-feira davam conta de novos recordes, tendo sido registados mais de 200 mil novos casos em 24 horas, cem mil novos pacientes internados devido à doença, que representa o dobro face ao mês de novembro, e mais de três mil mortos, de acordo com os dados fornecidos pela Universidade John Hopkins.
Desde o início da pandemia, nunca tinham sido registadas tantas mortes. O pior dia nos EUA tinha sido 15 de abril, quando as autoridades registaram 2752 mortos, um número que fica aquém do divulgado esta quinta-feira.