Não são elas a concorrer nem a cumprir mandato, mas muitas vezes desempenham papéis vitais. As mulheres dos presidentes dos Estados Unidos acabam por ser muito mais do que meras anfitriãs na Casa Branca, marcando pelo trabalho em causas sociais, criando fundações ou fazendo a diferença em campanhas eleitorais.
No dia em que Joe Biden toma posse como presidente dos EUA, recordamos algumas das primeiras-damas desse país que fizeram história.
Melania Trump
Nunca desejou que o marido fosse presidente, mas acabou por apoiá-lo em todos os momentos. Com a eleição de Donald Trump, Melania decidiu dedicar o seu papel enquanto primeira-dama a iniciativas de combate às drogas ilegais e contra o ciberbulliyng entre menores.
Melania Trump acabou, contudo, por fazer manchetes mais por situações polémicas do que pelos seus trabalhos em prol da comunidade. As expressões sérias, a recusa em dar a mão ao marido em algumas ocasiões e comentários inesperados muitas vezes deram que falar pela negativa. Contudo, o seu estilo é muitas vezes elogiado e tido como referência.
Michelle Obama
Quando Barack Obama subiu ao poder, a sua mulher tornou-se numa das figuras mais influentes a nível mundial. Advogada ativista, cativou pelo carisma e naturalidade. Mesmo quando deixou de ser primeira-dama, Michelle continua a ser uma figura de referência, mantendo o seu trabalho em causas sociais, tais como a luta contra a obesidade, a igualdade para a educação feminina e a saúde mental.
Laura Bush
Casada com George W. Bush, procurou promover a literacia, a ajuda a crianças em situações mais carentes e a saúde feminina. Laura Bush é apontada como uma boa influência para o marido. Embora muitas vezes seja criticada por ter tido um papel menos visível que outras primeiras-damas, foi considerada uma mulher influente pela revista “Forbes”.
Hillary Clinton
A reforma do sistema de saúde foi o foco de Hillary Clinton durante o tempo em que Bill Clinton foi presidente. Envolveu-se de tal forma nas questões políticas que instalou um escritório na Casa Branca e acabou por se tornar secretária de Estado, senadora de Nova Iorque e, em 2016, candidata à presidência pelos democratas. Perdeu para Donald Trump.
Barbara Bush
A mulher de George H. W. Bush promoveu a alfabetização. Para tal, lançou a Fundação Barbara Bush com o intuito de incentivar a leitura e a aprendizagem entre as crianças. Em 1991, conseguiu a aprovação da Lei Nacional de Alfabetização. Além disso, envolveu-se em muitos trabalhos voluntários relacionadas com diferentes questões sociais. Esta dedicação faz com que, ainda hoje, seja uma mulher muito admirada pelos norte-americanos.
Nancy Reagan
Quando Ronald Reagan foi eleito presidente, Nancy começou por ser alvo de muitas críticas. Em causa estavam as alterações que mandar fazer na Casa Branca, o que resultou em obras milionárias. Contudo, com o tempo, acabou por se tornar uma figura amada, muito graças à luta contra o uso de drogas e aos incentivos que fazia pela pesquisa no combate ao Alzheimer. Acabou por ser considerada uma mulher influente dentro e além-fronteiras.
Rosalyn Carter
A mulher de Jimmy Carter focou-se em questões ligadas à saúde mental. Durante o mandato do marido, Rosalyn Carter procurou sensibilizar a população para as doenças mentais e outros transtornos, com o objetivo de desmistificar conceitos. Graças ao seu trabalho, conseguiu que várias leis fossem aprovadas com o intuito de melhorar centros que lidavam com pessoas diagnosticadas com este tipo de problemas.
Betty Ford
Defensora convicta pela igualdade dos direitos, promovia igualdade de géneros, os direitos homossexuais, o aborto gratuito e o uso de maconha para fins medicinais. Mulher progressista, casada com Gerald Ford, fundou o Betty Ford Center quando o marido deixou o cargo de presidente. Nesse centro, procurava ajudar dependentes de substâncias ilícitas e quebrar o estigma social associado a essas pessoas. Também sensibilizou a população quanto ao cancro da mama ao anunciar que tinha feito uma mastectomia.
Lady Bird Johnson
Claudia Taylor Johnson, mais conhecida por Lady Bird Johnson, foi casada com Lyndon B. Johnson. Trabalhou pela proteção e preservação do meio ambiente e fez com que o congresso aprovasse a Lei Lady Bird Johnson, um regulamento que procurava o embelezamento das estradas. Ambientalista convicta, promoveu a construção de jardins em Washington.
Jackie Kennedy
Ícone de estilo e de elegância, a mulher de John F. Kennedy foi uma das primeiras-damas dos EUA que mais aproximou a população da Casa Branca. Promoveu uma visita televisiva deste espaço na qual mostrou as várias divisões da residência oficial dos presidentes norte-americanos. Durante o mandato do marido, procurou promover a defesa e conservação do património histórico do país.
Eleanor Roosevelt
A mulher de Franklin D. Roosevelt lutou pela igualdade. Esteve ao lado do marido durante a Grande Depressão, em 1929, tendo incentivado campanhas de apoio à população mais empobrecida. Ajudou ainda a realizar programas sociais no que toca à luta dos direitos das mulheres. Após a morte do marido, foi presidente da comissão que elaborou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pelas Nações Unidas três anos depois.