Sofia Alves está feliz. Depois de quatro anos de afastamento, alegra-a regressar aos ecrãs, sobretudo com uma novela gravada, em parte, num sítio que adora, a serra da Estrela. Quando se afastou da televisão, a atriz concretizou o sonho da sua vida ao adquirir, juntamente com o marido, o encenador Celso Cleto, uma casa no campo. Foi na Lapa do Lobo, concelho de Nelas, que Sofia preparou o futuro, e não tem dúvidas em dizer que é para aí que se retirará quando a vida o permitir. Para já, divide o seu tempo entre esse espaço e a casa de Lisboa, onde o filho estuda.
Mulher de uma fé imensa, Sofia acredita que o casamento com Celso Cleto lhe mudou a vida para sempre, como contou à CARAS em dezembro: “Já vivemos juntos há 17 anos. Posso dizer que a nossa união mudou tudo, mas mesmo tudo, na minha vida. Existia uma Sofia antes do Celso e existe outra Sofia depois do Celso. Somos dois em um!” E não tem dúvidas em afirmar que o marido fez dela uma mulher mais segura: “Muito mais, o Celso foi fundamental para isso.”
Neste regresso, ficámos a saber que Sofia lutou contra um cancro, depois de um sinal se ter revelado maligno, uma experiência que a mudou: “Foi o Celso que recebeu o resultado e mo comunicou.” Um tempo que a atriz diz ter vivido sempre com muita fé e o apoio do marido. “Um amor ajuda a curar todas as feridas”, sublinha. Corajosa, Sofia recorre à fé para lidar com os momentos de medo. “Deus acompanha-me em todos os meus passos diários, com Ele por perto sinto-me mais forte.”
Para interpretar a ambiciosa Carlota Pereira Espinho da novela A Serra, que acaba de estrear na SIC, Sofia teve de abrir a alma, e assume: “É preciso deixar a personagem entrar sem ela tomar conta do nosso dia a dia. Definir a fronteira entre a ficção e a vida real. Vai ser uma viagem muito interessante, estou segura disso.”
Para já, confessa que o regresso à cidade às vezes é difícil e sente falta da serenidade do campo, onde se deita muito cedo e acorda com o nascer do dia. Como nos contou, nessa casa “o tempo é de qualidade na simplicidade que passa por ter um pomar, flores, agricultura biológica, poder cozinhar com tudo o que a terra nos dá, fazer doces e compotas, licores de frutas, dormir a sesta na rede quando chega o verão ou estar à lareira no frio do inverno”. E confessou, determinada: “Cada vez estou mais certa de que é ali que quero viver.”