Angelina Jolie viajou para o Burkina Faso na semana passada, na qualidade de Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, para chamar a atenção para a situação de calamidade vivida no país – que há cinco anos enfrenta ataques insurgentes ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, um conflito que já fez milhares de mortos e obrigou ao deslocamento de mais de um milhão de pessoas. No entanto, são as recentes declarações que deu à Time, em que revelou que a filha Zahara, de 16 anos, foi vítima de racismo numa consulta após uma pequena cirurgia, em 2020, que estão na ordem do dia.
Numa entrevista, conduzida pelo estudante de Medicina Malone Mukwende, publicada na prestigiada revista, a atriz, de 46 anos, afirmou que as recomendações médicas ignoraram a cor da pele da filha. “Tenho filhos de diferentes origens e sei que, quando todos nós tivemos uma irritação alérgica na pele ao mesmo tempo, esta tinha um aspeto diferente na pele de cada um, dependendo da cor. Mas quando olhava para os registos médicos, o ponto de referência era a pele branca. Recentemente, a Zahara, adotada na Etiópia, realizou uma cirurgia e, na recuperação, uma enfermeira disse-me como deveria ligar para o hospital se ‘a pele dela ficasse rosa’”, detalhou.