Mais do que um espaço comercial, há lojas que são uma verdadeira experiência para os sentidos, como é o caso da recém-inaugurada Casa Loewe Lisboa. Em plena Avenida da Liberdade, este espaço, de 400 metros quadrados, é uma ode ao luxo, combinando de forma exímia o ADN da marca espanhola com a traça e história da capital portuguesa. Emolduradas pelas peças de vestuário e acessórios que já se tornaram tendência, como as carteiras e sapatos coloridos, muitas caras conhecidas desfilaram pela loja, absorvendo todos os detalhes que saltam à vista, como as colunas centrais revestidas com azulejos da autoria da empresa portuguesa Viúva Lamego, as obras de arte de artistas internacionais e o mobiliário contemporâneo, que tornam o espaço convidativo e acolhedor.
Apreciando cada pormenor desta loja, Filipe Faísca sublinhou a importância da compra física, a qual pode proporcionar uma jornada inesquecível. “Vir a uma loja será sempre uma experiência muito diferente de comprar online. A loja transporta um valor acrescido. É como se entrássemos no ambiente do designer e da marca, a loja proporciona isso. Sentimo-nos bem. Aqui podemos cheirar e sentir o material. Na loja há uma dimensão que não existe no online. É sempre muito agradável vir a um espaço como este”, explicou o criador, que destacou ainda a relação que os consumidores estabelecem com os artigos de qualidade e de luxo: “Acho que as pessoas reciclam mais e apostam em peças muito mais duradouras. Tenho clientes que acompanho há muitos anos. As pessoas engordam e emagrecem, mas não deitam as peças fora. Como compram boas peças, adaptam e reciclam os visuais, hoje há essa preocupação. Agora, o público que adora moda quer sempre coisas diferentes e muda de roupa todos os anos.”
Depois dos confinamentos passados em casa com roupas confortáveis, Raquel Strada sente que as pessoas estão desejosas de sair e de comprar peças que as façam sentir bonitas, uma procura que fica muito facilitada com a crescente oferta de grandes marcas no nosso país. “Estou muito contente por ver que Lisboa tem cada vez mais lojas internacionais, é sinal de que a nossa economia está a crescer. Sinto que a pandemia não mudou a nossa relação com a moda. Como estiveram muito tempo em casa, as pessoas estão muito disponíveis para comprar, querendo uma espécie de ‘vingança’ pelos tempos em que não puderam ir a uma loja ou usar os looks que queriam”, referiu a influencer, que reforçou ainda a mudança que a sustentabilidade está a provocar nos comportamentos de compra: “Acho que a mudança se prende com o lado mais sustentável da moda, todos nós estamos a ter atenção a isso. Ficámos mais conscientes. Quem pode, prefere comprar peças de boa qualidade, que duram mais. Compra-se menos, mas com mais qualidade, creio.”
Destacando o lado trendy que Lisboa tem vindo a assumir no panorama internacional, Xana Nunes falou do que torna a capital portuguesa um sítio que parece não sair de moda, tornando-a a morada ideal para grandes marcas como a Loewe: “É uma alegria poder voltar a este ambiente. A cidade está fantástica, com muitas comunidades internacionais a viverem em Lisboa. E isso sente-se no ambiente e no comércio. Portugal continua na moda, mesmo durante os piores momentos da pandemia, as pessoas sentiam-se seguras e bem acolhidas. Esse sentimento faz toda a diferença.”