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Quando era mais nova, Márcia via as trovoadas com o pai. Talvez tenha sido aí que começou a reconhecer a beleza no que também assusta e é repentino, no que faz barulho, dentro e fora de nós, e que nos pode atingir e estilhaçar a qualquer momento. Nas tempestades, a cantora não se esconde. Sai à rua e encharca-se até aos ossos, mesmo sabendo que vai sentir frio. Sente “tudo de todas as maneiras”, como diz Fernando Pessoa, com a certeza de que a primavera chega sempre.Foi com esta convicção que lhe atravessa a vida e lhe chega à voz que este ano travou uma batalha contra o cancro da mama. Mesmo detetado precocemente, virou-lhe a alma do avesso, transformação que a levou novamente para estúdio, para cantar os altos e baixos da vida num disco produzido totalmente por si e que será editado em 2022.
A dias de subir ao palco do Teatro Tivoli BBVA, num concerto que se vai fazer de memórias e de futuro, a cantora, compositora e poetisa conversou com a CARAS sobre a mulher que é hoje, aos 39 anos, e a vida que quer deixar como legado nas canções e naqueles que consigo partilham os dias de chuva e de sol.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1374 da revista CARAS