Corre-lhe no sangue a certeza de que a liberdade não é adquirida e de que a luta leva à superação. Não sabe o que é desistir, porque acredita sempre na resiliência que lhe é inata, fruto de todos os exemplos com que cresceu. Karyna Gomes, de 45 anos, vem de uma família de revolucionários, que lhe mostraram o que é lutar por aquilo em que se acredita. Talvez por isso não se esgota nela própria, sendo múltipla em tudo o que faz. Uma multiplicidade que serve de exemplo às filhas – Dara, de 19 anos, e Rafaela, de quatro –, que todos os dias são testemunhas da dedicação com que a mãe se entrega à música, ao ativismo, ao jornalismo – é neste momento coordenadora do jornal online Mensagem de Lisboa – e a tudo o que a faz feliz.
Sobre o seu último trabalho de originais, que apresentou em concertos nos projetos coletivos As Filhas do Fogo, em novembro, no Porto, e As Mais Belas Canções da Lusofonia, em dezembro, em Lisboa, a cantora diz: “É um disco onde revelo a minha vertente mais pop e eletrónica. Fugi dos rótulos e apresento o meu lado mais dançável, a minha fé e a minha liberdade.” Nessa emancipação dos rótulos conta com o apoio incondicional do marido, o artista plástico Sidney Cerqueira, de 40 anos.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1379 da revista CARAS