
Amber Heard e Johnny Depp são os protagonistas de um julgamento mediático, que está a decorrer no condado de Fairfax, na Virginia, depois de o ator ter processado a ex-mulher por difamação e violência.
Johnny Depp afirmou que manteve a relação com Amber Heard, antes de a atriz pedir uma ordem de restrição por violência doméstica contra ele, porque “queria tentar fazer com que funcionasse”.
No seu depoimento, na manhã da última quarta-feira, citado pela revista People, o ator afirmou que a ex-mulher o “atacava” na “sua frustração e raiva”. “Podia começar com uma estalada, podia começar com um empurrão, podia começar ao atirar o comando da televisão à minha cabeça”, disse Depp, alegando que o comportamento de Heard se tornou “constante” durante as discussões.
“Não havia necessidade disso. Muitas linhas foram ultrapassadas e tu não conseguias mais ver essas linhas”, continuou o ator.
Quando questionado pelo seu advogado sobre o motivo pelo qual não deixou a atriz no momento do suposto abuso, Depp, que afirmou ter aprendido a “escolher suas batalhas”, disse que essa era uma “resposta complicada”, ainda que, segundo afirma, tenha pensado que “ninguém pode viver assim”.
“O motivo pelo qual eu fiquei? Acho que foi porque o meu pai também ficou [no seu casamento, que era abusivo]. E eu não queria falhar. Eu queria tentar que o casamento corresse bem. Achei que talvez pudesse ajudá-la, talvez a pudesse recuperar. Porque a Amber Heard que eu conheci no primeiro ano, ano e meio, não era essa, de repente tornou-se numa adversária. Não era minha mulher, passou a ser a minha adversária”, afirmou ainda o ator.
De recordar que tanto Johnny Depp como a sua irmã Christi Dembrowski testemunharam em tribunal sobre a mãe, Betty Sue Palmer, ter sido abusiva durante a infância de ambos, inclusivamente com o pai do ator e da produtora.
“Nunca cheguei a ponto de atingir a Sra. Heard de forma alguma, e jamais bati numa mulher na minha vida”, afirmou ainda Johnny Depp.