Carloto Cotta vence Globo de Ouro para Melhor Ator de Cinema, pelo seu papel no filme “Diários de Otsoga”, um galardão que recebeu na noite deste domingo, dia 2 de outubro, na Gala que acontece no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
É o segundo Globo de Ouro ganho pelo ator, que em 2019 venceu o primeiro, pelo filme “Diamantino”, e a terceira nomeação, que recebeu pela primeira vez em 2013, pelo filme “Tabu”. “Diários de Otsoga”, de Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro, foi rodado em 2020, em plena pandemia, e simula o confinamento de um grupo de três amigos numa quinta situada junto ao mar, durante o mês de agosto. Que é, aliás, a palavra que dá título ao filme, lida de trás para a frente.
Nascido em França em 1984, Carloto Cotta estudou na Escola Profissional de Teatro de Cascais e no Lee Strasberg Institute, em Los Angeles. Radicado em Portugal, onde trabalha desde 2002, ano em que rodou a novela “Lusitana Paixão”, tem feito um percurso marcante tanto no cinema como na televisão.
No grande ecrã tem trabalhado especialmente com Miguel Gomes, com quem fez “A Cara que Mereces” (2004), “Tabu” (2012) ou a trilogia de “As Mil e Uma Noites” (2015), além do filme pelo qual é nomeado este ano, rodou também “Odete” (2005) e “Morrer como um Homem” (2009) com João Pedro Rodrigues, “Como Desenhar um Círculo Perfeito” (2009) com Marco Martins, “Linhas de Wellington” (2012), com Valeria Sarmiento, ou “Arena”, de João Salaviza, que ganhou a Palma de Ouro para Curta-Metragem no Festival de Cannes.
Na televisão, tem feito um percurso igualmente rico e multifacetado, com presença nos vários canais – fez “Prisioneira”, “A Teia” ou “A Impostora” para a TVI, “O Bairro” e “Laços de Sangue” para a SIC, “A Minha Família” para a RTP – e ainda os projetos “Glória” e a série espanhola “Elite” para a plataforma de streaming Netflix.