Tinha 87 anos e era um dos nomes mais emblemáticos da história do rock’n’roll, onde inscreveu sucessos como Great balls of fire ou Whole lotta shakin’ goin’ on’. O americano Jerry Lee Lewis morreu esta sexta-feira, dia 28, em sua casa, no Mississípi, na companhia da mulher, Judith. Estava debilitado desde 2019, quando sofreu um AVC.
Pioneiro do rock’n’roll, cantor e pianista – eram lendárias as suas performances “acrobáticas” ao piano – trabalhou com Elvis Presley, Johnny Cash, Carl Perkins e Roy Orbinson. Artista com um estilo muito enérgico, dono de um grande poder vocal e de muita autoconfiança, teve uma ascenção meteórica em 1956, mas dois anos depois um escândalo, o casamento, aos 22 anos, com uma prima, Myra, de apenas 13, arruinou-lhe a imagem e abrandou substancialmente a carreira, já comprometida pelos excessos de álcool e drogas. Judith Brown, com quem se casou em 2012 e que deixa viúva, foi a sua sétima mulher.
Em finais dos anos 60 voltou a conquistar alguma relevância, sobretudo com o tema Another place, another time, e continuou a lançar novos trabalhos, mas nunca recuperou o sucesso dos anos iniciais.
Deixa duas filhas, Phoebe e Lori, e dois filhos, Jerry Lee III e Ronnie, num percurso familiar marcado por algumas tragédias, nomeadamente a morte de dois filhos, um deles ainda em criança, afogado, outro num acidente de carro, aos 19 anos.