
Maria Barros não precisa de muito para criar uma mesa de Natal. Velas, flores e alguns apontamentos relativos à quadra fazem a diferença e ganham destaque na decoração que escolheu este ano para dar vida à época que considera a mais especial do ano e que celebra junto do marido, Rui Hipólito, piloto de aviação, e dos filhos, Salvador, de 21 anos, e Clara, de 18. A decoradora mostrou-nos o resultado, para que nos sirva de inspiração.
– Como é que surge a ideia de uma decoração de Natal?
Maria Barros – Tudo aquilo que vivemos acaba por ser uma inspiração seja para o que for. Até para fazer tarefas aparentemente simples, como conversar ou cozinhar, é preciso estar-se inspirado. A inspiração é sempre um acumular de experiências e vivências, e com o Natal não é diferente. Muitos Natais antecederam este. Tenho muitas referências de decorações natalícias no meu “disco rígido”. Não sei dizer exatamente qual foi o processo criativo, até porque, no meu caso, muitas vezes é decidido em cima da hora.
– Mas partiu de que objeto?
– Tinha uns pratos novos de cerâmica branca debruados a encarnado e mandei bordar uns guardanapos de linho com monograma da mesma cor especialmente para o Natal. Acho que foi a partir daí…

– Qual é o elemento-chave?
– Talvez a simplicidade. Sei que todos temos parâmetros diferentes para descrever seja o que for. Eu vejo uma mesa simples e isso agrada-me.
“Não sinto que tenha que inovar para chegar ao coração daqueles a quem gosto de agradar.”
– Misturou a tradicional cor natalícia, o encarnado, com o rosa, que transmite alguma tranquilidade.
– Gosto muito de misturar encarnado com cor-de-rosa. Neste caso, nem foi muito planeado. Simplesmente sei que resulta. E talvez dê uma leveza à decoração geral, que fica menos óbvia pela mistura de uma cor menos provável. Acho piada a isso.
– O que é que não pode faltar na decoração de uma mesa de Natal?
– Velas. Até podemos não ter flores, mas a luz das velas é imprescindível.

– É à volta da mesa que acontecem as melhores partilhas?
– Claro. As melhores conversas e as maiores gargalhadas acontecem à mesa, e estão sempre acompanhadas de um prato bem recheado e de um copo cheio.
“O Natal é uma época muito feliz e vivida de uma forma muito especial.”
– Faz decorações diferentes de ano para ano?
– Faço aquilo que me apetece. Há anos em que me apetece uma coisa completamente diferente, outros faço igual. Muitos elementos passam de ano para ano, pelo que acaba por haver sempre algum tipo de repetição, o que, na verdade, é reconfortante e faz parte da tradição. Voltar a fazer uma decoração que nos conforta faz todo o sentido. Não sinto que tenha de inovar para chegar ao coração daqueles a quem gosto de agradar.
– Como é que vai celebrar este Natal?
– Com a profissão do Rui, é sempre uma incógnita. Só vamos saber mais perto do dia. Já passámos o Natal em alguns lugares diferentes, mas sentimos que, desde que estejamos os quatro, é sempre uma época feliz e vivida de uma forma especial.

Agradecemos a colaboração de
Col Hat e FLO