Na escolha das mulheres inspiradoras premiadas anualmente pela revista Activa a dificuldade, felizmente, é sempre a seleção e não a falta de candidatas. “Todos os anos a escolha parece progressivamente mais difícil, porque aparecem cada vez mais candidatas”, admite Conceição Zagalo, um dos elementos deste júri, que se reuniu há dias no Four Seasons Hotel, em Lisboa, para escolher as vencedoras deste prémio, patrocinado pelas marcas C&A, Endesa e Lierac e atribuído nas categorias de Artes, Ciência, Desporto, Negócios, Solidariedade e Sustentabilidade.
Maria de Belém Roseira, também ela jurada, lembrou na ocasião que “as mulheres ainda têm muitas tarefas que não conseguem partilhar de forma equilibrada”, mas que isso não as impede de atingir a excelência na profissão, o que, nota, “é sempre feito à custa de um grande espírito de sacrifício e envolve tenacidade, coragem e inteligência”. Razões mais do que suficientes para as premiar. Afinal, sublinha Natalina de Almeida, diretora da publicação e membro do júri, há que distinguir estas mulheres “porque são arautos de esperança para as outras mulheres”.
Para Mafalda Anjos, publisher da TIN, que edita a Activa, e também jurada deste prémio, o tema continua a justificar atenção, já que falar de mulheres inspiradoras “mostra às outras mulheres que há um caminho que podem percorrer e que podem lá chegar, porque a igualdade efetiva e real ainda não existe”. Para Luís Marques Mendes, outro elemento do júri, falar de mulheres inspiradoras também lhe desperta memórias, nomeadamente da mãe. “Há muitas mulheres inspiradoras na minha vida, começando pela minha mãe. Era divertida, criativa, extrovertida, o que influenciou o meu caráter, e, além disso, deu-me uma educação fantástica, era professora. Tenho uma admiração enorme por ela em todos os planos”, refere, entusiasmado, acrescentando a mulher, com quem está casado há mais de 30 anos, como a outra grande fonte de inspiração no feminino.
A cerimónia de entrega de prémios acontece no início de 2023.
Fotos: José Oliveira