Nasceu em Nova Iorque, no dia 21 de dezembro de 1937, filha de uma das lendas dos anos de ouro de Hollywood, Henry Fonda, e depois de ter estudado artes em Paris acabou por seguir as pisadas do pai, estreando-se profissionalmente na Broadway e no cinema em 1960. E o seu primeiro papel nos palcos valeu-lhe logo uma nomeação para um Tony Award.
Sessenta e três anos depois, Jane Fonda continua linda, cheia de estilo e imparável, tanto a nível profissional – acabou de rodar dois filmes –, como no ativismo político e até como guru do exercício físico. E depois de em setembro lhe ter sido diagnosticado um linfoma não-Hodgkin (no passado lutou contra dois cancros da mama), que aceitou com a combatividade que sempre a caracterizou, não abrandando o seu ritmo, recebeu como presente pelo seu 85.º aniversário uma notícia maravilhosa, que partilhou no Instagram, onde tem dois milhões de seguidores: “O melhor presente de aniversário. Na semana passada o meu oncologista disse-me que o meu cancro está em remissão e que posso interromper a quimioterapia. Sinto-me tão abençoada e afortunada.”
A atriz dedica-se a causas como o pacifismo, a defesa do meio ambiente, os direitos humanos, o feminismo ou a luta contra o racismo.
Jane tem uma vasta lista de filmes no currículo, entre eles títulos como Barbarella (um estranho filme de culto de 1968, em que foi dirigida pelo seu primeiro marido, o francês Roger Vadim), Descalços no Parque, Os Cavalos Também se Abatem, Klute, Julia, O Regresso dos Heróis, O Síndroma da China ou A Casa do Lago. O seu talento valeu-lhe, entre outras distinções, sete nomeações para os Óscares, vencendo dois, e 15 para os Golden Globe Awards, ganhando sete. Em 2021 recebeu o Golden Globe de carreira, o Prémio Cecil B. DeMille.
Apesar de ter trabalhado pouco em televisão, nos últimos anos fez duas séries que lhe deram duas nomeações para os Emmy, The Newsroom, da HBO, e Grace and Frankie, um megassucesso da Netflix que teve sete temporadas, a primeira das quais foi para o ar em 2015 e a última já em 2022. Nesta série de humor sobre temas que a terceira idade coloca trabalhou ao lado da sua amiga de longa data Lily Tomlin, que também foi nomeada para um Emmy.
Fonda recebeu inúmeros prémios pela sua vasta filmografia, entre eles dois Óscares e oito Golden Globe Awards.
E mesmo não tendo resistido a fazer algumas plásticas, Jane Fonda é um exemplo de como envelhecer harmoniosamente, mantendo não só a sua beleza como não desistindo dos temas que lhe são caros, alguns dos quais já lhe valeram ser presa algumas vezes. Ativista de longa data, tem-se dedicado a causas como o pacifismo, a defesa do meio ambiente, os direitos humanos, o feminismo ou a luta contra o racismo. Paralelamente, é desde há muito uma adepta convicta do exercício físico, tendo lançado várias cassetes de fitness de grande sucesso, e continua a treinar a um ritmo diário, o que lhe permite manter um corpo invejavelmente jovem. A nível pessoal, depois de se divorciar de Vadim, pai da sua filha Vanessa Vadim, também atriz, em 1973 Jane casou-se com o ativista político de esquerda Tom Hayden, que chegaria a senador, pai do seu filho Troy Garity, também ator, e com o qual adotou uma filha, Mary Luana Williams. Em 1991 casou-se com Ted Turner, então dono da CNN, do qual se divorciou em 2000. Hoje está sozinha porque quer, mas sublinha que não abdicou do sexo, que diz ser cada vez melhor com a idade.