Lisa Marie Presley teve uma vida tumultuosa, que culminou com a sua morte, no passado dia 12 de janeiro, na sequência de um ataque cardíaco que sofreu em casa. “É com profunda tristeza que partilho a notícia devastadora de que minha filha Lisa Marie nos deixou. Ela era a mulher mais apaixonada, forte e amorosa que já conheci”, partilhou Priscilla Presley pouco depois de ter sido decretada a morte da filha, no Hospital West Hills de Los Angeles, na Califórnia. Chegava, assim, ao fim uma longa caminhada marcada por inúmeras tragédias, que acabaram por moldar a sua personalidade sem que conseguisse libertar-se de um quadro de constante dor e sofrimento.
O primeiro grande trauma foi vivido com apenas nove anos, ao ser confrontada com a morte súbita do pai, Elvis Presley, também ele vítima de um ataque cardíaco fulminante, em 1977, aos 42 anos. Na altura, a sua guarda passou para a mãe, Priscilla, que se tinha separado quatro anos antes do cantor, conhecido como o “rei do rock”. A sua adolescência ficaria marcada por episódios de consumo de drogas, discussões familiares e muita rebeldia, que apaziguaram ligeiramente quando, aos 21 anos, foi mãe de Riley Keough – atriz de Mad Max: Estrada da Fúria –, que nasceu do seu primeiro casamento, com o músico Danny Keough, de quem teve ainda o filho Benjamin, que se suicidou em 2020, com apenas 27 anos, após um longo historial de dependência de drogas.
A vida sentimental de Lisa Maria foi igualmente agitada, tendo passado por quatro casamentos e outros tantos divórcios. Após seis anos ao lado de Danny Keough, a cantora e compositora surpreendeu o mundo com o anúncio do seu casamento com o “rei da pop” Michael Jackson, que durou de 1992 a 1994, e, mais tarde, com o ator Nicolas Cage, com quem esteve casada entre 2002 e 2004. O seu último casamento foi com o guitarrista Michael Dean Lockwood, com quem viveu entre 2006 e 2016, e do qual nasceram as filhas gémeas Finley e Harper, hoje com 14 anos. A guarda das filhas menores poderá, ao que tudo indica, ser disputada entre o pai, a meia-irmã Riley, a avó Priscilla, de 77 anos, e o primeiro marido de Lisa Marie, Danny Keough, que estava a viver em casa da ex-mulher e, por isso, participava na educação das jovens.
Lisa Marie tentou seguir os passos do pai no mundo da música e os seus dois primeiros álbuns, To Whom It May Concern e Now What, atingiram o top 10 da lista Billboard 200. O seu terceiro e último álbum, Storm and Grace, foi lançado em 2012. A cantora e compositora será enterrada ao lado do filho, Benjamim, em Graceland, a mítica propriedade do pai no Tennessee, e onde este também foi sepultado.