Jessica Athayde garante não ser uma mulher vulnerável nem, pelo contrário, supersegura de si própria. Vai oscilando entre estes dois estados de espírito, dependendo dos dias. “Sou muita coisa, mudo muitas vezes. Não existe assim uma linha condutora”, revela a atriz, de 37 anos, que parece não ter receio de assumir imperfeições ou dúvidas. “Há pessoas que têm muitas certezas, mas acredito que essas certezas acabam por cair a longo prazo. Com o tempo é que conseguimos perceber o que é genuíno e o que não é. Eu prefiro não enganar ninguém e assumir exatamente aquilo que sou. Acho que não existem vidas perfeitas. Somos todos humanos, todos cometemos erros, e não somos ninguém para ser moralistas e apontar o dedo uns aos outros”, defende Jessica, com quem conversámos num evento que assinalou o 1.º aniversário da Cupra, na Cupra City Garage, marca automóvel da qual é embaixadora.
Atualmente em cena no Teatro Villaret com a peça Dois + Dois, que concilia com o programa da SIC Vale Tudo, e prestes a estrear a segunda temporada de Taskmaster, na RTP, Jessica assume o cansaço, mas garante estar a viver uma fase de enorme realização profissional e também pessoal.
“Somos humanos, todos erramos, e não somos ninguém para ser moralistas e apontar o dedo uns aos outros.”
Reconciliada com Diogo Amaral, a atriz, que em tempos chegou a afirmar que não teria mais filhos, pondera agora a hipótese de alargar a família. “Acho que há sempre prós e contras. O meu filho já tem um irmão, semana sim, semana não, que é o Mateus. No entanto, também gostava que ele crescesse no dia a dia com mais irmãos. Também gostava de ter uma casa cheia quando fosse mais velha. Quando vou, por exemplo, a casa da minha amiga Madalena Abecassis, está sempre o caos instalado, ouvem-se milhares de gritos, e penso sempre que mais tarde vai ser ótimo, a casa vai estar sempre cheia”, confessa, adiantando que não tomou uma decisão definitiva. “Assusta-me o que este país vai ser quando o meu filho crescer. Esse é um dos motivos que me faz ponderar se devo ter outro filho. Não sei onde é que vamos parar…. A forma como este país trata os idosos, por exemplo, é vergonhosa. E tanto eu como o Diogo trabalhamos no meio artístico… Há aqui muitas coisas a pôr em cima da mesa e que me preocupam, obviamente”, concluiu a atriz.