O maestro, músico e escritor Martim Sousa Tavares e a engenheira bioquímica Ana Ribeiro estão juntos há dois anos e têm vivido a relação com a certeza de quem sabe o que quer. “A nossa relação é absolutamente sólida e isso dá um centro muito estável ao resto da vida, ou seja, quando a pessoa arruma este capítulo da sua vida, fica com uma estabilidade profissional e intelectual muito boa. A Ana ajuda-me a deixar o trabalho fora de casa, o que não acontecia quando vivia sozinho. Ter um núcleo familiar, mesmo que sejamos só os dois, ajuda a pôr as coisas no seu sítio e isso é muito bom. De repente vejo imensas séries e os meus hábitos mudaram. Não deixo de ser uma pessoa com uma profissão intelectual, que está sempre a escrever, a estudar e a compor, mas ganhei este lado mais terra a terra de que estou a gostar imenso”, contou-nos o jovem maestro na antestreia da peça O Misantropo, texto de Molière que adaptou em parceria com Hugo van der Ding.
Com profissões tão diferentes, não tem sido difícil encontrarem sintonia: “Às vezes estamos a trabalhar na mesma secretária e eu tenho partituras e ela documentos cheios de equações que para mim são absolutamente incompreensíveis. É muito giro ver como os nossos dois mundos se cruzam e como estamos a conseguir equilibrar tudo de uma forma tão interessante”, concluiu.
