Elvira Fortunato, de 58 anos, conjuga vários papéis na sua vida. ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, engenheira, investigadora e professora catedrática, é um nome de referência e acaba de voltar a ser distinguida nos prémios atribuídos pela Executiva para as mulheres mais influentes. Habituada a trabalhar em ambientes por norma masculinos, embora no governo haja paridade, a ministra defende que as mulheres chegam a todo o lado, em algumas áreas “até conseguem ser melhores”. Acredita, no entanto, que ainda há um caminho a percorrer e que, sobretudo quando as mulheres são mães, acabam por sofrer, por vezes, reveses no seu percurso profissional. “Sem apoios, é difícil fazerem bem feito as duas coisas. Daí que seja importante haver mecanismos para que as jovens mães não descurem as suas carreiras”, explica. No seu ministério, o problema está a ser solucionado com a atribuição de projetos e subsídios a quem foi mãe recentemente.
Com uma filha e um casamento longo com Rodrigo Martins, revela o segredo do sucesso em todas as frentes. “Nós somos os dois investigadores, professores universitários e temos um trabalho feito em conjunto. Em casa, eu e o meu marido também funcionamos muito bem em equipa. Há tarefas que são mais minhas, outras que são mais dele, mas equilibramo-nos bem.”