Francisco Froes estava a viver nos EUA há 12 anos quando surgiu o convite para integrar o elenco da novela Flor sem Tempo, atualmente em exibição na SIC. A vontade de regressar foi partilhada pela mulher, Rita Castelo Branco, e a mudança não tardou a acontecer. À CARAS, o ator, de 36 anos, confessa, contudo, já sentir falta de algumas rotinas… gastronómicas. “Tenho saudades dos meus restaurantes, dos hambúrgueres, que são muito bons, há umas coisas ótimas. Depois, também tenho saudades daquela energia. O que os Estados Unidos têm de interessante, para mim, é serem um bocadinho como um casino: nunca se sabe o que vai acontecer. Há muita imprevisibilidade, tanto com o que se passa nas ruas como com as nossas carreiras, as nossas vidas”, referiu o ator na reabertura da loja Perfumes & Companhia do Centro Comercial Colombo.
Já sobre Portugal, Francisco não se cansa de elogiar as praias e as ondas perfeitas para fazer surf e bodyboard. “Apesar de os EUA serem um dos centros do mundo do surf, comparado com Portugal é horrível. Portugal é dos melhores sítios do mundo para surfar”, assegura, mas, no entanto, não tem tido grande disponibilidade para se aventurar naquela prática desportiva. “Gravar novelas enquanto protagonista não ajuda, e com filhos pequenos também é complicado, mas sempre que posso vou”, garante o ator, que é pai de Francisco, de três anos, e de Sebastião, de um.
“Cheguei a sentir uma enorme frustração nos EUA, porque nem sequer tinha oportunidade de mostrar o meu trabalho.”
Naturalmente feliz com a oportunidade de poder mostrar o seu trabalho numa novela portuguesa, Francisco confessa que, no início da sua vida profissional nos Estados Unidos, chegou a colocar em causa o seu futuro no mundo da representação. “A minha carreira não estava a desenvolver-se à velocidade que eu gostaria e, acima de tudo, havia muita falta de oportunidades. Saltava de agência em agência, chegava a fazer só um ou dois castings por ano e vivia uma frustração enorme por nem sequer ter oportunidade de mostrar o meu trabalho. Um ator passa, naturalmente, por muitas inseguranças e falhas de confiança, mas eu nem sequer tinha qualquer oportunidade de mostrar o que fazia. Hoje acredito que sou muito melhor ator por ter passado por tudo isso. Transformou-me numa pessoa muito mais resiliente”, garante.