Filipa Estrela, filha mais nova de Edite Estrela, foi diagnosticada há dois anos com um carcinoma na mama que se resolveu apenas com a sua remoção e não necessitou de tratamentos de quimioterapia ou radioterapia, por ter sido detetado precocemente. A partir daí, tornou-se ainda mais atenta ao flagelo do cancro da mama e decidiu fazer alguma coisa para ajudar na promoção do rastreio, mas também na angariação de fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Surgiu assim o torneio Pink Padel Open – Play For Life, que teve a sua segunda edição no passado dia 14, em Oeiras.
“A ideia deste torneio surgiu por motivos pessoais. Jogo padel, um desporto que me diz muito a mim e à minha sócia, Ana Pedroso, e depois passei por um carcinoma na mama, que felizmente era in situ e foi diagnosticado no início, o que me permitiu agir e resolver depressa. Obviamente, tornei-me mais atenta e conhecedora e percebi na pele quão importante é detetarmos estas coisas a tempo. É uma doença que envolve a pessoa mas também toda a família, e por isso senti que devia ser mais proativa neste assunto. Não queria que fosse uma missão com o sentido pesado e doloroso que tem a doença, mas sim numa perspetiva de prevenção, e foi assim que nasceu este torneio. No ano passado tínhamos menos jogadores, este ano já aumentámos uns 50% e o objetivo é crescermos todos os anos para podermos contribuir para esta causa”, contou a empresária e cofundadora da The Stage, empresa organizadora do evento. Filipa explicou ainda de que forma se processa a angariação, que este ano levou à entrega de um cheque de cinco mil euros à Liga Portuguesa Contra o Cancro: “O dinheiro das inscrições dos jogadores no torneio, a venda de rifas e o apoio de alguns parceiros e patrocinadores fizeram com que tudo fosse possível.”
Edite Estrela, assim como a restante família, fizeram questão de marcar presença, até porque se celebrava também o 48.º aniversário de Filipa: “Viemos ajudar a Filipa e também aproveitar para estar com ela no dia do seu aniversário. A minha filha Patrícia e o meu neto Vicente estão como voluntários, o meu genro Gonçalo veio jogar, assim como a minha neta Mafalda. Quando é preciso, todos colaboramos.”
A vice-presidente da Assembleia da República assumiu também o orgulho que sente pela atitude solidária de Filipa. “Admiro muito a minha filha por ter tornado uma experiência difícil em algo solidário. Foram momentos muito difíceis e em que desejei estar eu no lugar dela. Dei-lhe todo o meu apoio e sempre acreditei que tudo iria correr bem. Felizmente, ela teve muita sorte, por ter sido detetado precocemente”, referiu.