O Jantar dos Conjurados, que comemora a independência dos portugueses face ao domínio espanhol, contou este ano com uma nova anfitriã. Maria Francisca de Bragança, a filha dos duques de Bragança, tomou a seu cargo a organização do evento e trouxe-lhe inovação e modernidade. Além de um DJ a pôr música, houve um jantar volante, que permitiu conversas mais fluidas entre os convidados, e um leilão, que reverteu a favor do Banco do Bebé.
Ao seu lado estiveram, como é habitual, os pais, D. Duarte e D. Isabel, o irmão mais novo, Dinis, e também o marido, Duarte de Sousa Araújo Martins, que participou naquele que foi o primeiro evento público do mais recente casal da família. Apenas Afonso não pôde estar presente por se encontrar a trabalhar num banco suíço.
Após os agradecimentos feitos aos presentes, Maria Francisca, duquesa de Coimbra, contou-nos como se sentia depois de semanas de muito trabalho para que o evento se pudesse realizar no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, nos moldes em que o tinha imaginado. “Estou muito feliz. Está a ser um sucesso. É bom ver tanta gente a querer ajudar e a apoiar-nos, a nós, família, e ao Banco do Bebé. Estão cá 500 pessoas. Esta aposta já está ganha e agora vou querer muitas mais.” Maria Francisca quis sublinhar o apoio do marido e de outras pessoas. “Tive muita ajuda do Duarte e de vários amigos. Sozinha não conseguia. O sucesso do evento foi mesmo um trabalho de equipa.”
Aos 26 anos, a infanta segue segura os passos dos seus pais, que não podiam estar mais orgulhosos. “A Francisca tem um jeitão e deu um ar um pouco mais descontraído ao evento. Acho que foi um grande sucesso. Sempre apoiámos o jantar, mas desta vez teve mais visibilidade”, avaliou D. Isabel, satisfeita. O mesmo afirmou Duarte, advogado, que, ao lado da mulher, se mostrou um comunicador nato durante toda a noite. “Vou dando uma mão, mas a Chica é a cabeça mentora desta estrutura toda e ainda bem, porque é muito mais dinâmica do que eu, puxa-me a mim e a toda uma equipa, sempre muito alegre e motivante.”
Os dois momentos altos da noite foram, evidentemente, reservados a D. Duarte. No seu discurso, relembrou as guerras e conflitos que assolam várias partes do mundo, assim como as dificuldades políticas e económicas de Portugal. “Parece consensual que a carga fiscal que temos atualmente tem de ser reduzida. Tanto para as empresas como para as pessoas. O Estado costuma ser um mau gestor, e muito do dinheiro que nós lhe entregamos é mal administrado ou mesmo desperdiçado”, defendeu.
Mais tarde, num ambiente descontraído, viu o panamá que usou no casamento da filha ser leiloado por 5000 euros. “Foi uma peça tão comentada que tinha de estar no leilão. Ninguém imaginou que fosse ter tanto protagonismo, teve muita graça. Não foi fácil convencê-lo a dá-lo para o leilão, mas percebeu de imediato que era para uma causa maior. Também lhe prometemos que lhe comprávamos outro”, contou Maria Francisca, divertida.
Fotos: João Lima