Aos 35 anos, Júlia Belard divide a sua vida entre a maternidade [é mãe de Matias, de seis anos, e Sebastião, de oito meses, fruto da relação de mais de dez anos com Francisco Sérvulo Correia] e a criação de conteúdos digitais, uma área que considera “um privilégio” da sua geração e à qual deu prioridade em relação à representação. “Permitiu-me estar em casa com os meus filhos e continuar a trabalhar numa coisa de que gosto. Dou muito valor e gosto muito do que faço. Estou contente com a minha vida como está. Mas se surgisse uma oportunidade na representação poderia pensar, claro”, contou a atriz e influenciadora no almoço de Natal do El Corte Inglés.
Júlia diz que há muita pressão em relação ao que as mulheres devem ou não fazer depois de serem mães. “Temos de estar bem arranjadas, em forma, tomar conta da casa, dos filhos e do marido e voltar à vida social. E isso está errado”, frisou, acrescentando: “O mais importante é que a maternidade nos ensina a ser altruístas. Gostamos tanto de alguém que quase nos anulamos, o que não quer dizer que seja positivo. E eu anulei-me bastante com o Matias, mas voltava a fazer tudo igual. Tem a ver com o meu feitio. Com o mais novo já é um bocado diferente, já tenho mais vida própria. É avassalador, cansativo e exaustivo, mas nem sempre é totalmente negativo. Pode ser uma fase que faz sentido viver”, explicou.