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Liliana Santos, de 43 anos, encara a vida como um ensinamento constante, e isso permite-lhe ver sempre o lado positivo de todas as situações. “Também é importante abraçarmos a dor e vivermos o que nos acontece de mal, para evoluirmos enquanto pessoas”, defende com a lucidez que a experiência de vida lhe proporcionou.
Dona de uma beleza e elegância inquestionáveis e ciosa da sua privacidade desde o início da sua carreira, a atriz continua a não falar da sua vida amorosa e justifica: “No meio da minha vida pública tem de haver algo só meu.” Confidencia, no entanto, que a maternidade continua a fazer parte dos seus planos, com a certeza de que “pode demorar o tempo que for, mas quando o fizer será de uma forma extremamente consciente”.
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– Participar no concurso Dança com as Estrelas parece ser uma experiência boa e diferente.
Liliana Santos – É mesmo, é verdade. Estou a adorar. O formato é muito giro e é incrível ter a possibilidade de aprender todas as semanas uma nova dança e evoluir com a ajuda do meu bailarino. Adoro dançar e estou realmente contente com esta oportunidade.
– Ter estudado ballet clássico é uma ajuda?
– Talvez na postura, mas a verdade é que já foi há tantos anos… Não pratico desde os 12 anos, mas o ballet cria-nos de facto uma postura e uma estrutura que guardamos para a vida. Danças de salão é muito diferente, mas o ballet pode ser uma boa base.
– Mas o cuidado que tem com o corpo e o desporto que pratica obviamente que ajudam.
– Sim, sem dúvida. O desporto faz parte da minha vida desde sempre e claro que a minha preparação física me permite ter mais condições para os desafios que a dança traz.
– É um cuidado que tem a ver com a saúde ou também com uma preocupação em contrariar a passagem do tempo?
– É o estilo de vida que tenho desde sempre, não sei viver de outra maneira. Está na moda as pessoas tornarem-se mais atentas a esse lado, mas eu sempre o fiz. Pratico exercício desde sempre, tenho uma alimentação cuidada, variada e mediterrânica desde sempre. Acho que o segredo é sermos regrados em tudo o que fazemos. Eu como de tudo, sem excessos, e acho que o truque da alimentação é habituarmos o nosso corpo a digerir todo o tipo de alimentos, os que nos fazem bem e os que não fazem tão bem, mas também nos dão prazer. Acho que é como em tudo na vida, o segredo está no equilíbrio. As rugas fazem parte da nossa vida, significa que estamos a amadurecer e há que aceitar com naturalidade. Devemos viver tudo o que cada momento nos traz, seja aos 20, 30 ou 40.
– Não sente que trabalhar com a imagem a obriga a ser mais cuidada?
– Julgo que não, acho que é mesmo uma forma de estar minha. Hoje em dia uma boa imagem não tem de corresponder a determinado estereótipo. No meu caso, acho que os cuidados que tenho me beneficiam, mas não o faço por ser atriz. Acredito que se tivesse seguido o meu curso de sociologia e o meu mundo nada tivesse a ver com o da representação, a minha imagem seria exatamente esta que tenho.
– E aceita ou contraria os dias em que não se sente bem com o reflexo no espelho?
– Todos temos esses dias, é impossível estarmos sempre bem. Mas acho que o importante é vermos sempre o lado positivo dentro de qualquer adversidade que nos aconteça. E tentar levar e ver a vida de uma forma leve. Claro que há períodos mais exigentes e angustiantes, mas devemos aceitar que são inevitáveis e que invariavelmente irão passar. Acho que também é importante abraçarmos a dor e vivermos o que nos acontece de mal para evoluirmos enquanto pessoas. Os dois polos estão sempre associados e o bom é encontrar o meio termo entre eles.
– Isso quer dizer que a saúde mental também faz parte dos seus cuidados?
–Sem dúvida alguma. Pratico ioga há 20 anos, o que me faz muito bem a nível mental e espiritual. E depois, acho que a conexão com a Natureza, o desporto ao ar livre, são fundamentais. Fico sempre renovada.
– As viagens são outro dos seus escapes.
– Sem dúvida. Acabei de vir de Tulum, no México, e foi incrível. Além de as viagens serem muito enriquecedoras, porque conhecemos outras culturas, também me distraem muito e desconectam do meu dia a dia. Consigo fazer um reset imprescindível e necessário e, como já sabia que no regresso ia para o Dança com as Estrelas, aproveitei mesmo aqueles dias para desconectar e passear.
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– E fez esta viagem sozinha ou acompanhada?
– Fui acompanhada por várias pessoas [risos]. Mas não vamos entrar por aí [risos].
– Nunca gosta de falar sobre a sua vida privada, em especial a amorosa. Porquê?
– Sou reservada em tudo na minha vida, sempre fui, tem a ver com a minha maneira de estar, de viver e de ver e sentir as coisas. Gosto de proteger o que é meu e resguardo a minha família, os meus amigos e as minhas relações amorosas. Acho que só assim faz sentido. No meio da minha vida pública, tem de haver algo que seja só meu.
– Como esta casa, que é o seu porto seguro.
– Sem dúvida alguma. É aqui que me sinto tranquila e onde me refugio. Tenho feito algumas reestruturações, não só ao nível da parte exterior, mas também interior, para que tudo fique realmente como idealizei. O meu quarto, por exemplo, é, para mim, uma parte muito importante da minha casa e fiz uma remodelação com a Banak, que me apresentou um projeto em 360 que adorei e que me permitiu perceber como é que tudo iria ficar. Já queria mudar o meu quarto há algum tempo e consegui exatamente aquilo que queria. Um refúgio para dormir, relaxar e sentir-me tranquila e com possibilidade de renovação, através da utilização dos tons claros e terra, dos elementos em madeira que me aproximam da Natureza e que criam um ambiente onde me sinto realmente bem.
– Quais são os planos para quando terminar a sua participação no Dança com as Estrelas?
– Para já, não tenho qualquer projeto. Claro que quero voltar à representação e estou a aguardar que alguma coisa surja, pois a última novela que fiz terminou em março do ano passado.
– E como é que lida com as alturas de menos trabalho?
– Viajo, cozinho, faço desporto, passeio, estou mais com a minha família, aproveito para fazer tudo o que não consigo quando estou em gravações. Tento fazer tudo o que gosto e me dá prazer. Ao fim de 20 anos de carreira, já tive tempo para criar resistência a estes momentos que fazem, efetivamente, parte da profissão de um ator. Claro que não me apetece estar sem trabalhar, até porque gosto muito do que faço, mas estas pausas acabam também por ser proveitosas, porque uso esse tempo a meu favor, mas também a favor da personagem que irei construir em seguida. Ganho outro amadurecimento, experiências que me permitem ser melhor. Lá está, tento sempre ver o lado bom de todas as situações.
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– No meio disso tudo, a maternidade e o casamento continuam a fazer parte dos seus sonhos?
– Tenho os meus sonhos e as minhas ambições, mas o meu tempo não é igual ao de ninguém. Eu estou a fazer o meu caminho e sei o que gostaria de ter e não tenho ou o que é que nunca pensei ter e já concretizei. Acho que, mais do que tudo, respeito o meu percurso. Acredito que não há momentos obrigatórios para nada. Aquilo que sei é que ter filhos, por exemplo, é algo muito especial e importante e as pessoas só o devem fazer quando o sentem e não porque tem de ser.
– Isso quer dizer que quer ser mãe?
– Quero muito, claro. Tenho a certeza disso. Mas nunca concretizarei a minha vontade de ser mãe de uma forma leviana. Pode demorar o tempo que for, mas quando o fizer será de uma forma extremamente consciente.
Agradecemos a colaboração de Mueble & Deco: Banak