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Cinco anos depois de ter feito a sua última novela, Joana Ribeiro está de regresso em A Promessa, como a antagonista do enredo, e sente que este foi o projeto certo para voltar. “Estive afastada. Aconteceu naturalmente, não foi pensado. O trabalho foi indo por outros lados, não dava para conciliar, mas agora, de repente, as coisas alinharam-se, aconteceu e estou muito feliz”, disse.
Verónica, a sua personagem, é ambiciosa e egoísta, mas a atriz, de 32 anos, defende-a, dizendo que é “vítima da sociedade”. “Sabe que a meritocracia não existe e que, vindo de uma família pobre de Trás-os-Montes, não é através de um curso superior que vai ascender na vida. No fundo, ela representa uma crítica à nossa sociedade, onde há sempre quem tenha mais privilégios”, revelou.
Tendo crescido em Lisboa, sem entraves que impedissem as suas escolhas, por antítese com este papel, Joana assumiu que vem “de um lugar de privilégio”: “Pude estudar, tive pais que sempre me apoiaram, sou branca, portuguesa…. Até como atriz fui privilegiada, pois no primeiro casting fui escolhida.”
Esta constatação levou-a a pensamentos mais profundos sobre o rumo do mundo em que vivemos. “Estou a atravessar um período de muita reflexão. Todas as pessoas têm um lugar na sociedade e devem ser respeitadas, mas nem sempre acontece. Vivemos tempos perigosos e se não tentarmos, enquanto sociedade, chegar a um sítio de maior respeito pelo outro, não sei o que poderá ser nós.”