Herman José aceitou o desafio de animar o evento de apresentação das novas sardinhas de faiança da Bordallo Pinheiro e, entre piadas, canções e brincadeiras, o humorista conseguiu cativar a audiência que o rodeava, no Castelo de São Jorge, em Lisboa. No final, partilhou que, apesar de a atuação sugerir um certo improviso, resulta, na verdade, de muito trabalho prévio.
“É completamente cerebral. Tudo o que faço tem o único fito de conseguir uma taxa de agrado de 100% no momento que se está a viver. Não me falta a memória e tenho uma coisa muito importante, que é prática. O dr. Eduardo Barroso diz não ser possível operar bem um fígado se não se tiver feito centenas de operações ao fígado. Isto é, rigorosamente, a mesma coisa. É resultado de fazer 50, 60, 70, 80 espetáculos por ano. É quase como se fosse alta competição. Há uma rapidez e uma convicção que só a prática é que dá”, afirmou Herman, que se prepara para ir de férias para um destino que prefere não revelar, por ser “escandaloso”.
“Encontrar o equilíbrio certo entre felicidade e remuneração é muito difícil.”
Não deixará, contudo, de trabalhar em agosto. “Se quisesse, trabalhava todos os dias, mas não vai acontecer. Já não estou em idade de ser escravo do dinheiro. Quero chegar ao final do mês, pagar muito bem a quem trabalha comigo, ficar com algum dinheiro, mas, sobretudo, sentir-me feliz. Arranjar o equilíbrio certo entre felicidade e remuneração é muito difícil”, afirmou ainda.