Depois de um inverno e de uma primavera cheios de trabalho e com novos projetos em mãos, seja em televisão, seja na área do digital, Catarina Miranda rumou ao Algarve com o marido, Miguel Raposo, o filho dela, Manuel, de 12 anos, e o filho dele, Rodrigo, de 14, para uns merecidos dias de descanso e lazer em família. E foi num dia quente de agosto, na Praia da Falésia, que a influencer e apresentadora do programa da SIC CARAS Ponto sem Nó conversou com a CARAS sobre os seus desafios profissionais e sobre a sua mudança física. Com menos 10 quilos e o corpo bem tonificado graças aos treinos consistentes no ginásio, Catarina, de 43 anos, revela que sentiu necessidade de perder peso e que se sente muito bem com a nova imagem.
– Como têm sido estes dias de férias no Algarve?
Catarina Miranda – Muito bons, fazemos sempre férias no Algarve quando estamos em família e gostamos muito. Seja da zona de Lagos, onde tenho casa e passo férias desde miúda, ou do lado de Vilamoura e Albufeira, de que o meu marido gosta mais. Vimos com os nossos filhos e é sempre ótimo para eles e para nós, para desfrutarmos da companhia uns dos outros e para recarregarmos baterias.
– E as férias são já a pensar no regresso às rotinas habituais?
– Ainda não, no fim das férias começamos a pensar nisso, agora é para aproveitar. Este ano tenho tido trabalhos para a área digital e algumas locuções, por isso não tem sido uma temporada inteira de férias. Vou a Lisboa e volto para o Algarve. Mas a partir de setembro regresso efetivamente ao trabalho, para a preparação do programa, o que coincide com o regresso à escola das crianças.
– A sua atividade profissional atualmente divide-se em várias áreas. Mas é o programa Ponto sem Nó que lhe dá mais trabalho?
– Não necessariamente, agora estamos de férias e voltamos à antena em outubro, logo a seguir aos Globos de Ouro, que acontecem a 29 de setembro. Vai ser um regresso em grande, com o rescaldo da festa, os comentários dos looks…
– Mas já não será nos mesmos moldes da última edição…
– O programa vai regressar à antena da SIC CARAS sem o António Leal e Silva, que já não está na estação, mas o formato mantém-se. Teremos sempre um convidado e vamos introduzir algumas novidades, que serão em breve apresentadas. A ideia é que este não seja um programa fechado e que não siga sempre a mesma ordem, pois modificar é essencial para não ser “mais do mesmo”.
– Mas nem só com a televisão preenche os seus dias.
– Não, de todo. Tenho a minha presença no digital, através da minha conta de Instagram, enquanto criadora de conteúdos, e tenho a parte das locuções e dobragens: dou voz a documentários, desenhos animados e anúncios, seja para televisão, seja para rádio.
– Porém, já não está na rádio enquanto locutora a tempo inteiro.
– Sim, parei, saí da Rádio Observador fará em dezembro um ano e agora estou dedicada apenas a estes meios, ao digital e à televisão. No entanto, se surgir a hipótese de voltar, regresso, claro. A rádio é o meu grande amor.
– Mudou muito a sua imagem, está muito mais magra. Tem a ver com essa exposição maior nas redes sociais e na televisão ou decidiu mudar por outros motivos?
– Acima de tudo, temos de nos sentir bem e gostar daquilo que vemos ao espelho. Nunca fiz nada a pensar nos outros, escolho o que visto, faço e sou aquilo que gosto de ser, mas obviamente que podemos sempre afinar algumas coisas. Quero com isto dizer que mudei por mim, porque senti essa necessidade.
– Sente-se bem com a imagem que tem agora?
– Muito bem. Sinto-me melhor agora, depois dos 40, do que me sentia com 20 anos. Sempre fiz desporto, mas senti uma necessidade de fazer mais por mim, de melhorar, de perder algum peso. E assumi publicamente que o consegui através de uma dieta e da prática de exercício físico.
– Que tipo de dieta fez?
– Fiz a dieta da Lev, que tem sempre uma nutricionista a acompanhar a evolução e onde o plano alimentar não tem mudanças drásticas. Foi só durante um mês, que era o tempo em que queria perder o que tinha a mais. E agora é só manter, já faço uma alimentação perfeitamente normal, já não tenho de consumir os produtos específicos da marca. Nesta altura das férias saímos um bocadinho da linha – o que faz parte – e em setembro volto ao registo normal.
– O que lhe custa mais não comer?
– Eu sou muito focada e, quando meto uma coisa na cabeça, não me custa. E o corpo é maravilhoso, porque, se não lhe damos determinados alimentos, ele habitua-se a não os ter, portanto não há assim nada que me custe muito. Talvez as massas ou as pizzas, mas como-as de vez em quando, porque já não estou numa fase de ficar privada de nada. Tenho a sorte de não gostar de fritos e não como carne.
– A prática desportiva tem sido importante para se manter focada?
– Sim, sempre fiz desporto, é fundamental na minha vida. Tenho um personal trainer, com quem treino três vezes por semana, e quando não consigo fazer o treino com ele, faço-o sozinha. Eu sou aquela pessoa que sente que ir ao ginásio é quase uma terapia, faz-me muito bem, não só ao corpo, como à cabeça. Portanto, para mim não é um sacrifício, porque adoro treinar. Mesmo nos dias em que custa um bocadinho ir, saio do ginásio e sou outra.
– Treina mesmo estando de férias?
– Quando estou só com o meu marido, porque também fazemos sempre férias a dois, sim, é mais fácil manter esse ritmo e treinar mesmo em férias. Com os miúdos é mais complicado, mas mesmo assim não é impossível, porque vamos para hotéis que têm atividades para os mais novos e, enquanto eles as fazem, nós aproveitamos para fazer algum exercício físico. Mas sim, é mais fácil em modo casal.
– As férias a dois são importantes para a relação?
– Sim, são muito importantes, na minha opinião. É um grande desafio para as famílias, porque às vezes não têm essa opção, mas é um tempo completamente diferente. Quando estou com o meu marido, não temos horários, fazemos aquilo que nos apetece.
– Este ano já fizeram férias a dois ou ainda irão fazer?
– Já fizemos. Estivemos em Formentera, gostamos daquela zona e foi maravilhoso, é sempre um destino incrível. Deu para namorar, petiscar, para fazer muita praia, para andar de mota…
– E em férias desliga-se das redes sociais?
– Não! Estou sempre on. É algo que já está em mim. Às vezes posso estar numa fase mais off, assumo-o, e está tudo bem. Mas no digital há uma linha muito ténue entre o que é lazer e o que é trabalho, porque quem está nessa área acaba por partilhar praticamente tudo. No meu caso, não é uma obrigação, é espontâneo.
– Como consegue con-ciliar esse mundo digital com a vida familiar?
– Eu tenho a facilidade de o meu marido falar a minha linguagem, ele tem uma agência de talentos, portanto tudo o que é marketing digital é com ele. Respeitamos os silêncios e os momentos de cada um. Em Formentera, por exemplo, ele também não desligou, e entre nós não há aquela coisa do “estás sempre ao telemóvel”.
– Já é uma pessoa reconhecida na rua, com essa presença no digital e na televisão?
– As pessoas continuam a reconhecer sempre a minha voz. Onde quer que eu vá, oiço as pessoas dizerem que a minha voz lhes é familiar. Ou seja, nunca fui totalmente desconhecida, porque a voz era identificável. Claro que com um programa na televisão ajuda a que esse reconhecimento aconteça com mais frequência.
– E lida bem com isso, gosta desse contacto com as pessoas?
– Sim, lido muito bem. Faz parte do nosso trabalho e, no fundo, temos de retribuir aquilo que as pessoas nos dão. O mesmo acontece no digital, porque tento responder a quase todas as mensagens que me enviam. Penso que se a pessoa dispensou um bocadinho para comentar algo que publiquei, também devo retribuir esse carinho e esse gesto. No mundo digital, porém, temos de estar preparados para palavras menos simpáticas, faz parte.