Dalila Carmo, de 50 anos, nunca teve grande pudor em dizer o que pensa e a maturidade só fez com que tivesse cada vez menos medo das palavras e mais vontade de fazer e dizer o que quer. Por isso, quando lhe perguntámos se ainda tem gosto em preparar-se para noites de gala como a da semifinal dos International Emmy Awards, onde a encontrámos, a atriz respondeu prontamente e sem filtros: “Não. Não acho graça [risos]. Isto para mim é trabalho, são funções. Esta é uma celebração transversal do audiovisual em que todos os canais estão presentes e então, simbolicamente, é um momento onde é importante estarmos presentes. Agora, se gosto de me arranjar?! Gosto de fazer pandã com os lugares, mas aqui acho que estamos a cumprir um dever.”
“O papel de embrulho pode ser maravilhoso, mas se o que lá está dentro não prestar, então não interessa.”
Uma atitude que Dalila acredita só terá tendência a crescer: “Já fiz 50 anos e daqui para a frente vai ser mais complicado porem-me travões [risos]. Devemos ser honestos connosco e há coisas que para mim são acessórios. O papel de embrulho pode ser maravilhoso, mas se o que lá está dentro não prestar, então não interessa. E eu sou muito interessada sobretudo pelo meu interior.”