
O mundo despede-se de uma das mais brilhantes vozes da literatura contemporânea. Mario Vargas Llosa, escritor peruano e Prémio Nobel da Literatura de 2010, morreu este domingo, 13 de abril, em Lima, aos 89 anos.
A notícia foi confirmada pelos filhos, Álvaro, Gonzalo e Morgana, através de um comunicado onde expressaram o seu pesar e destacaram o consolo encontrado na vasta obra literária deixada pelo pai. Respeitando a sua vontade, não será realizada qualquer cerimónia pública, sendo os seus restos mortais incinerados numa cerimónia privada.
Vargas Llosa foi uma figura central do “boom” latino-americano, movimento literário que revolucionou a narrativa em língua espanhola na segunda metade do século XX. Entre as suas obras mais emblemáticas destacam-se A Cidade e os Cães, Conversa na Catedral, A Casa Verde, O Sonho do Celta e A Festa do Chibo. O seu estilo narrativo, caracterizado por estruturas complexas e análises profundas das realidades sociais e políticas, consolidou o seu lugar de destaque na literatura mundial.
A sua morte gerou uma onda de homenagens no mundo cultural e político. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, descreveu-o como “um mestre universal da palavra”, enquanto a presidente do Peru, Dina Boluarte, destacou o seu vasto legado literário e a sua contribuição para a literatura universal.