Amo os Açores, um hino à Natureza e à vida no seu estado mais puro. Desta vez elegi a ilha de S. Jorge. Em terra, há que fazer caminhadas através dos esplendorosos trilhos bordejados de hortenses onde o mar espreita a cada esquina, desde a subida aos picos mais altos, por entre florestas e pastagens, até às descidas vertiginosas em direcção às férteis fajãs, que afinal não são mais do que ancestrais plataformas de lava que entram mar adentro.
Curiosa, pois jamais tinha avistado uma fajã, vou conhecer os Cubres e a sua lagoa, um lugar lindo e plano, raso ao mar, onde o cultivo é importante e decisivo para as suas gentes. Depois de tanto passeio, recomendo uma pausa para almoçar no Restaurante Fornos de Lava, de onde se avista a ilha do Pico em todo o seu esplendor. Segue-se uma visita à curiosa plantação de café do Sr.
Nunes, na Fajã dos Vimes. Uma raridade que me permitiu saborear
in loco um café diferente e exótico, acompanhado pelo típico doce de seu nome espécies.
Aproveitei ainda para conhecer os velhos e antigos teares artesanais onde mãos habilidosas dão forma a belas colchas coloridas. No mar, ainda pródigo e de um azul jamais visto, S. Jorge, tal como as suas congéneres, oferece boa pesca, óptimo mergulho, caça submarina e observação de golfinhos e baleias.
Antes de deixar a ilha comprei o afamado queijo e dei uma saltada ao Museu de São Jorge, para conhecer o seu interessante acervo de carácter etnográfico. Foram três dias vividos num cenário de paz e ainda pouco desvendado. Férias de luxo afinal aqui tão perto!
A não esquecer
Como ir: A TAP e a SATA têm voos diários para as diversas ilhas. Pode ainda tomar o barco entre ilhas caso esteja na ilha do Pico ou Faial.
Clima: Marítimo e suave onde cada dia podem acontecer as 4 estações do ano.
Onde Ficar: Hotel São Jorge Garden, Rua Machado Pires, Velas, 9800-526, S. Jorge
Diferença Horária: Menos 1 hora