A aparência deste Journey não engana, nasceu nos Estados Unidos.
O motor que dá vida ao Journey é um 2.0 litro CRD de 140 CV de origem Volkswagen, um bloco com tecnologia com injetor bomba. Sei que são motores antigos, algo poluentes, mas uma coisa é certa, quando carregamos no acelerador a máquina mexe-se. Quem não se lembra dos saudosos motores TDI que equiparam milhares de A4, Passat, etc.
Conduzi a versão SXT, a mais equipada. Peguei no Journey e decidi ir almoçar ao Algarve, mais concretamente a Sagres. Espaço não falta para colocar as pranchas e as bicicletas. Quando não precisamos da terceira fila de bancos a capacidade da mala é de 1600 litros.
O Dodge Jorney tem como base o Avenger, na minha opinião é esteticamente mais consensual. Este SUV não passa despercebido e conquista as personagens mais variadas. Estacionei junto a um restaurante na Zambujeira do Mar e o dono veio imediatamente ter comigo para perguntar qual era marca do carro. Espetacular, espetacular, disse em voz alta!
O comportamento em estrada transmite-nos uma sensação de segurança. É um carro que pesa quase duas toneladas, no entanto, conduz-se de uma forma descontraída. O motor revelou-se suficiente para puxar este Dodge Journey e a caixa de seis velocidades contribui para consumos na casa dos sete litros. É um SUV ideal para algumas escapadelas nos estradões de terra batida. Se pretende enfrentar alguns terrenos mais acidentados, ou pretende fazer TT… esqueça, os plásticos do para-choques dianteiro tocam facilmente na estrada, os ângulos de ataque também não são o seu forte.
Os pneus Yokohama Aspec calçados nas jantes de 17 polegadas contribuem para segurar este Journey. Por vezes conduzo alguns SUV’s que sentem dificuldade em digerir da melhor forma as transferências de massa a nível aerodinâmico.
O Journey consegue conjugar aliar as qualidades de um bom SUV e de uma carrinha. O interior é muito espaçoso, funcional e transporta-nos ao mundo dos monovolumes compactos de sete lugares. Existe a possibilidade de rebater o banco do acompanhante, o que é muito útil quando precisamos de transportar objetos mais compridos.
Os materiais são de boa qualidade e nota-se a presença e o bom gosto da Jeep.
A Dodge soube aproveitar a rigidez do chassis para escolher materiais mais duros sem prejudicar a qualidade geral. É pena que alguns comandos estejam algo desatualizados, o relógio digital, por exemplo. Nota negativa para a ausência da chapeleira.
O Journey paga classe 2 na autoestrada e está disponível a partir de 33.757 euros. O preço de retoma é muito aceitável, não é fácil encontrar usados deste Dodge a um preço abaixo dos 30 mil euros.