Viajar no Lancia Voyager é sinónimo de conforto, espaço e requinte, seja ao volante, seja comodamente instalado num dos restantes seis lugares disponíveis. Com a aquisição da Chrysler por parte do grupo Fiat, a Lancia viu a sua gama alargada com um dos monovolumes mais completos do mercado, que une o espaço interior e a competência da marca americana em termos de viagens, com o prazer de condução, a atenção aos detalhes e o bom gosto tão usual nos automóveis italianos.
À primeira vista, as diferenças a nível exterior entre o modelo da Chrysler e o da Lancia não são muitas, com excepção para alguns ‘retoques’ a nível de design, que chegam e sobram para lhe dar uma nova identidade. O Voyager ganhou uma nova grelha dianteira, que integra o logotipo da Lancia, e novos pára-choques que integram os faróis de nevoeiro. Na traseira, a porta da bagageira com abertura elétrica também foi redesenhada e os grupos óticos contam agora com a tecnologia LED. As barras de tejadilho disponíveis de série também são uma novidade.
Com 5,21 metros de comprimento, 1,99 m de largura, 1,75 m de altura e cerca de 3,1 m de distância entre eixos, as dimensões do Voyager são realmente impressionantes, mas nem por isso atrapalham numa condução mais citadina, graças aos inúmeros sensores disponíveis e a um ângulo de viragem bastante bom. Porém, não restam dúvidas ques estamos perante um veículo estradista, ideal para viagens longas e descontraídas.
As grandes dimensões do Voyager refletem-se num habitáculo espaçoso e, acima de tudo, muito versátil, onde predomina a qualidade dos materiais e o cuidado em relação aos pormenores, como é, aliás, prática corrente na Lancia. Os bancos revestidos a pele de alta qualidade são autênticas poltronas, sem excepção para os três lugares da terceira fila. O volante com aquecimento e o punho da alavanca de mudanças igualmente revestidos a pele são mais dois exemplos de requinte. A Lancia dotou o Voyager de novos painéis acústicos, reduzindo desta forma o ruído e as vibraçoes, mesmo quando circulamos a velocidades mais elevadas.
Um dos pontos fortes deste monovolume é, sem dúvida, o sistema exclusivo Stow’n Go, patenteado pela Chrysler, que permite obter todo o espaço necessário para passageiros e bagagem sem que para isso seja necessário retirar os bancos. Com este sistema, os bancos rebatíveis ficam ‘escondidos’ no pavimento com um simples gesto e sem qualquer esforço. Para além da porta traseira de comando elétrico, as portas laterais deslizantes eletricamente apresentam um sistema de deteção de obstáculos durante o movimento de fecho de modo a evitar qualquer acidente.
Viajar a bordo do Lancia Voyager é um prazer, não só pelo conforto que oferece, mas também pelas opções de infoentretenimento que estão disponíveis de série. Para além do sofisticado sistema multimedia de entretenimento Uconnect com rádio, CD. DVD, MP3 e WMA, porta USB, disco rígido de 30 GB e ecrã tátil, a excelente experiência completa-se com o sistema de entretenimento posterior com leitor de DVD e dois ecrãs LCD para os passageiros de segunda e terceira filas. Um sistema que torna qualquer viagem mais curta e, posso comprová-lo, faz as delícias dos mais novos.
O Lancia Voyager está disponível em Portugal apenas na versão Gold, com tudo o que se possa imaginar em matéria de equipamento e um eficiente motor diesel 2.8 com 163 cv de potência, acoplado a uma caixa automática de seis velocidades. Atingindo uma velocidade máxima de 193 km/h e os 100 km em 11,9 segundos, o Voyager é apresentado pela marca como tendo um consumo combinado de 7,9 l/100 km. No entanto, durante o nosso ensaio, os valores situaram-se mais perto dos 10 l/100 km.
Disponível por 49.250 euros, o Lancia Voyager é um monovolume que marca a diferença, principalmente pelo conforto que nos proporciona e pelo excelente nível de equipamento que oferece, tanto em qualidade, como em quantidade.
Juntamente com o Lancia Thema, o Voyager é o veículo oficial da XVII Gala dos Globos de Ouro.