Descer a Patagónia – que se estende através dos Andes até à Terra do Fogo, a ponta do mundo – é estar preparado para imensidão, muita história, uma dose estonteante de beleza, muito vento e milhares de hectares com ovelhas e guanacos. Para lá chegar, pode-se passar por Buenos Aires e dançar um tango na rua, e voltar por Santiago, mergulhando na história revolucionária dos anos 70… Mas só na Patagónia nos confrontamos com o único glaciar do mundo que cresce, o Perito Moreno, em Calafate, ouvindo o gelo rugir mesmo à nossa frente… ou chegar ao fim do mundo, a Ushuaia!
No estreito de Beagle, cruzámos os caminhos de Drake, o pirata, Magalhães, o descobridor, e Darwin, o evolucionista, deixando a Argentina e subindo o Chile até Punta Arenas, por entre a dureza dos glaciares, dos ventos, dos leões marinhos e das baleias… Paragem obrigatória: Isla Magdalena, santuário de pinguins. Mas o deslumbre patagónico chega depois de Puerto Natalis, no parque natural de Torres del Paine. Amantes da natureza e de vastidão, não hesitem: a humanidade seria diferente se todos tivessem de passar por ali!
A NÃO ESQUECER:
Como chegar: Pode ir pelo Chile, voando Madrid-Santiago-Punta Arenas (longo e com escalas, atenção!) ou pela Argentina, via Madrid-Buenos Aires-Calafate-Ushuaia (Terra do Fogo).
A não perder: Na Patagónia Argentina, a descida de Calafate até ao território dos glaciares. Vale a pena passar meio dia nos passadiços frente ao glaciar Perito Moreno e esperar que este caia um pouco, passear na vista suspensa que é aquele enorme branco e azul emoldurado de montanhas (Andes) e floresta; na Patagónia Chilena, não perder dias de carro a atravessar as ‘fincas’ (quintas) de carneiros, cavalos, imensidão de pasto e animais selvagens.
Clima: Mesmo o verão (dez. a mar.) é frio a sul (5 a 10 graus), e os ventos são certos e gelados. Em contrapartida, nas capitais (Buenos Aires e Santiago) estarão 25 a 30 graus!
Mais informações: www.Nortravel.pt.