A vida nunca foi fácil para Éder, mas o menino magro e alto que se destacava nos juvenis do Adémia, em Coimbra, nunca deixou que as dificuldades o afetassem. No lar, tornou-se num exemplo. No clube, uma “pérola”.
As palavras surgem em soluços, numa voz embargada e acompanhadas de lágrimas, quando Anabela Santos, de 52 anos, tem de falar de Éder, o seu menino. “Ele é único. É o nosso orgulho”, sintetiza a funcionária do Lar O Girassol, em Coimbra, onde o avançado luso entrou em 1998 e saiu em 2007, com 20 anos.
Na instituição que o criou, toda a gente fala de um rapaz muito humilde, bem comportado, de sorriso na cara, pacato e, claro, sempre “com a bola nos pés”, correndo com ela pelo pátio, onde muitos vidros já foram partidos à custa do futebol.
Éder, ‘o menino d’ouro’ capaz de lutar contra tudo e contra todos
A escolha de Fernando Santos foi muito criticada, mas foi o jogador quem acabou por dar a Taça de campeão da Europa a Portugal.