Os modelos
Nuno Lopes e
Maria Wood são o exemplo de um casal de sucesso, tanto na relação que mantêm há quase quatro anos e meio, como na carreira, tendo ambos protagonizado várias capas de revista ao longo dos anos, bem como campanhas de marcas prestigiadas a nível mundial. Depois de cerca de três anos a viver em Nova Iorque, os dois estão de regresso a Portugal, e agora que já encontraram casa em Lisboa, querem reunir tempo e condições para formar família. Maria vai também apostar na carreira de actriz, depois de ter estudado em Madrid e Nova Iorque, onde participou em várias séries, como
Rescue Me ou
Lipstick Jungle, e protagonizou uma curta-metragem. Nuno quer continuar a investir na moda, mas, paralelamente, não esquece o sonho de vingar no mundo da música e do
design.
– Como começou a vossa história de amor?
Maria Wood – Conhecemo-nos num trabalho…
Nuno – Já que estamos numa onda de confidências, vi a Maria pela primeira vez no Bairro Alto e depois reencontrei-a nesse trabalho. [risos] Na altura, ela namorava com um amigo meu, mas foi difícil não dar por ela. Só que eu viajava muito e ela trabalhava mais em Portugal. As coisas foram acontecendo.
Maria – Lembro-me que uma vez nos encontrámos em Milão, na agência dele, e esse foi o ponto de partida. Quatro meses mais tarde, começámos a namorar, no Festival do Sudoeste.
– Foi fácil adaptarem-se a uma vida a dois numa altura em que estavam ambos em plena ascensão na moda nacional e internacional, obrigando-vos a viagens constantes e a muitos desencontros?
Nuno – Quando começámos a namorar, a Maria foi para Madrid trabalhar e estudar guionismo e eu continuei nas minhas viagens por todo o mundo, com a minha carreira na moda. E de facto não foi nada fácil conciliar tudo isso com a nossa relação, foi preciso algum esforço. Claro que ela gostava que eu ficasse em Madrid o máximo de tempo possível, e eu também, mas tivemos que nos adaptar às ausências. Mais tarde acabámos por nos mudar para Nova Iorque, onde estivemos cerca de três anos.
Maria – Não foi fácil, mas conseguimos sempre superar as dificuldades.
– Certo é que sentiram rapidamente alguma vontade de viver juntos, de estarem mais próximos…
Nuno – Claro que sim, porque nos sentíamos muito bem juntos. Para mim, fazia e faz todo o sentido. Não me revejo nada naqueles casais que namoram anos e anos e só depois pensam em ir viver juntos.
– Daí a escolha de Nova Iorque?
– Também, mas fomos para os Estados Unidos muito pela vontade da Maria de apostar mais na sua carreira de actriz, no cinema. Tal como já tinha acontecido quando foi para Madrid. E eu estive sempre com ela em tudo.
– E que tal foi essa aventura ‘americana’?
Maria – Foi muito boa. Correu bem, mas foi realmente uma aventura, porque aquela cidade é enorme. Fui para lá estudar teatro e não foi fácil, porque há muita gente a tentar a sua sorte. Estudei num conservatório, e esse tempo que passei lá foi realmente muito bom. E ainda consegui trabalhar um pouco. Fiz uma curta-metragem, participei em algumas séries e fiz algumas peças de teatro. Nada de grande destaque, mas valeu pelo muito que aprendi. Foram três anos que mais pareciam dez. E mesmo como espectador, a nível cultural, aprende-se muito em Nova Iorque, sobretudo pela imensa oferta que há.
– E o Nuno, acabou por também trabalhar mais no mercado americano?
Nuno – Sim, trabalhei bastante lá. Mas é diferente. O mercado americano é mais comercial, mas há mais trabalho na Europa. E a certa altura tive que voltar, para equilibrar a situação.
Maria – Foi na altura em que ele fez a campanha da Mango, que teve uma grande exposição cá e que lhe proporcionou uma série de trabalhos e viagens.
– O tempo que passaram fora acabou por vos tornar mais unidos?
Nuno – Sim, estivemos sempre muito unidos.
Maria – Como estávamos fora de casa, longe da família e dos amigos, tudo era mais difícil, e acabámos por ficar mais unidos. Porque viver numa cidade daquelas não é fácil.
– E agora decidiram voltar a Portugal…
– Já viajámos muito, agora gostava mesmo de ficar em Portugal definitivamente… Gosto muito de viver cá e sempre fui muito bem recebida pelos portugueses. Quero ficar aqui e tirar partido de tudo, apostar no mercado português e na minha carreira de actriz.
– Será a altura ideal para assentarem um pouco e constituírem uma família?
– Sim, sem dúvida. Gostava muito de constituir família, assentar um pouco, ter um cão… [risos]
Nuno – Quero continuar a trabalhar muito, mas sempre com o objectivo de constituir uma família, de ter filhos.
– Fazem muitos planos?
Maria – Antigamente fazia planos para tudo, agora nem por isso. Sei o que quero e vou atrás disso, mas se sair fora do percurso, adapto-me ao que acontecer. Aprendi a contornar as adversidades.
– O Nuno não pensa em desenvolver uma carreira na representação?
Nuno – Não é um objectivo. Gosto mais de música ou de design, áreas em que também trabalho e que pretendo desenvolver. Ainda que para já continue a ser importante trabalhar em moda, sobretudo nesta fase em que a nossa vida mudou e precisamos de estabilizar.
– Qual é a sensação do regresso, não para férias, mas mais definitivo?
– Muito boa, sobretudo por estar mais perto da família e dos amigos.
Maria – Eu também me sinto muito feliz, apesar de ter a minha família toda no Brasil. Mas como nunca vivi lá, prefiro Portugal. Gosto de ir lá de férias, mas sabendo que vou regressar.
– Um desejo para 2010, um ano de grandes mudanças para ambos…
– Fazer um filme, adorava poder fazer algo em cinema.
Nuno – Que ela faça um filme… [risos] E muita saúde para todos.
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