Basta estar alguns minutos com
Gio Rodrigues e
Ana Gomes para perceber a cumplicidade e união que existe entre eles. Casados há pouco menos de um ano e meio, o estilista e a professora de matemática são os melhores amigos e o principal apoio um do outro. A viver uma das melhores fases da sua carreira, Gio tem-se dedicado de corpo e alma ao trabalho. Contudo, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal não foi descurado e ambos confessam que fazem questão de ter tempo para namorar e para estar com
Romeu, fruto do anterior casamento de Gio.
Foi durante um fim-de-semana em Albufeira, em que o trabalho e o lazer se misturaram, que a CARAS falou com o estilista e com a professora sobre o que os torna um casal que até nas diferenças está em sintonia.
– O Gio está a atravessar uma das melhores fases da sua carreira. Como é que tem conciliado o trabalho com a vida familiar?
Gio Rodrigues – Temos conciliado com muito esforço. Estamos a passar por uma fase de muito trabalho, com muitos projectos, e a Ana tem sido o meu braço direito e esquerdo. Temos conseguido complementar-nos. Damo-nos muito bem e conseguimos equilibrar a nossa relação com o trabalho.
Ana Gomes – É um trabalho de equipa, mas eu não posso ser o braço direito do Gio, porque ele precisa muito dele para desenhar. [risos] Sou uma pessoa muito atenta aos projectos que ele desenvolve e tento sempre dar-lhe o meu apoio, a minha força e o meu positivismo.
– Quais são as vossas diferenças e semelhanças?
– Eu sou mais positiva quando ele está mais negativo e vice-versa. Assim como eu tenho uma visão da vida mais pragmática e o Gio mais criativa. No entanto, ele é um criador clássico, não é excêntrico de mais. A ideologia, os valores e a educação são o que temos em comum. No resto, na forma de pensar, somos completamente diferentes, mas isso permite-nos ser um complemento do outro.
– Mas muitas diferenças também podem dificultar uma vida a dois…
Gio – Acho que temos tomado boas decisões enquanto casal. Não nos arrependemos de nada. Tudo o que temos feito tem sido bem pensado e estruturado.
– Parece que são um casal muito maduro, apesar de estarem juntos há pouco tempo…
Ana – Às vezes, as situações da vida fazem-nos crescer um pouco mais depressa. E lutar amadurece. Penso que o nosso amadurecimento é o resultado da nossa luta do dia-a-dia, que tem sido de vitórias e de degraus que temos vindo a subir. Dificuldades, toda a gente tem, e nada tem valor se não tiver uma luta ou uma dificuldade. Sou uma mulher que só quando tenho a taça na mão é que acredito que ganhei. E, felizmente, tenho tido taças na minha vida e tenho visto o meu marido ter muitas também.
Gio – Acho que sabemos tudo da vida um do outro. Entre nós não há segredos. Não há nada que me possam vir contar sobre a vida da Ana, ou vice-versa, que não saibamos, seja do dia-a-dia ou do passado, não há fantasmas no armário.
– Costumam ter tempo para estes fins-de-semana de descanso?
– Mesmo durante os fins-de-semana de trabalho, temos sempre tempo para namorar e para desfrutar. Sabemos equilibrar o nosso tempo. Há partes do dia para trabalhar e outras para descansar. Aproveitamos estes momentos para namorar muito, porque durante a semana é complicado.
Ana – É importante namorar, haver união, ter uma relação forte e imbatível. Neste momento, nada nos derruba. E conseguimos desfrutar de tudo na vida. Conseguimos vir trabalhar, mas temos o Romeu connosco e queremos ter momentos para estar com ele e divertirmo-nos juntos. Conseguimos ser uma família completa nesse sentido.
– A Ana parece ter uma relação muito próxima com o Romeu…
– Apesar do Romeu não ser meu filho biológico, é meu filho de coração. O meu objectivo de vida é fazer dele um homem forte e corajoso e transmito-lhe isso todos os dias. Ele acaba por ter imensa piada, porque consegue interpretar perfeitamente aquilo que espero dele. Ele tem quatro anos, mas é uma criança muito desenvolvida em termos de consciência e de raciocínio.
Gio – E de valores. O meu filho é uma criança que sabe quando alguém está a fazer mal e o que não se deve fazer.
– Para o Gio deve ser muito reconfortante ver a relação que a sua mulher tem com o Romeu…
– Tenho a certeza de que o Romeu prefere estar com a Ana do que comigo, [risos] gosta muito do contacto com ela. É ela que lhe dá banho, que o veste, e ele depois chega ao pé de mim e diz: ‘Estou bonito, não estou, papá?’ Eu só vejo o produto final.
– E o contacto com o Romeu já despertou em si o instinto maternal?
Ana – Estamos à espera que o instinto maternal desperte e que o trabalho nos dê tempo para ter uma criança. Um casal tem de ser muito consciente nisso, porque uma criança requer tempo, carinho e atenção. E se nós não temos essa disponibilidade, temos de saber esperar.
Gio – Se não tivéssemos tantos projectos, acho que tínhamos já um filho.
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