Fotos: Mike Sergeant/Nuno Miguel Sousa
“Desde que deixei de desfilar na ModaLisboa, há 12 anos, nunca mais voltei. Mas hoje vim por uma boa razão”, revelou Fernanda Serrano minutos antes de começar o desfile em que aplaudiu, orgulhosa, a prestação do marido, Pedro Miguel Ramos, que foi novamente convidado pela Adidas para pisar a passerelle. Um desafio que o empresário, criador e gestor da marca Amo.te assume ser algo intimidante. “É um momento de poucos segundos e tem a importância que tem, mas intimida sempre, claro. Estar num estádio de futebol a falar para 50 mil pessoas ou na televisão a falar para um milhão ou dois de espetadores custa-me muito menos do que passar num corredor com dez pessoas ou entrar numa sala de desfiles onde estão 200 ou 300 pessoas. Quando estou numa área que não domino totalmente fico menos confortável.” Desta vez Pedro Miguel Ramos tinha ainda uma ‘responsabilidade’ acrescida, pois conseguiu convencer a mulher a sentar-se na plateia a assistir ao momento, que culminou com os dois a trocarem um beijo apaixonado. A CARAS aproveitou esta imagem para dar início a uma breve conversa com a atriz.
– Foi um gesto simpático, o Pedro dar-lhe um beijo à frente de toda a gente e oferecer-lhe a camisola…
Fernanda Serrano – [risos] O Pedro é sempre muito simpático e só podia entregar a T-shirt à miúda mais gira da plateia, que por acaso é a dele! [risos]
– Gostou de o ver desfilar?
– Sim, adorei! O Pedro sai-se sempre bem. Sinto muito orgulho no meu marido!
– Depois disto ficou com vontade de voltar às passerelles ou foi uma etapa na sua vida que já faz parte do passado?– Foi uma fase muito feliz e cheia, que me traz grandes e divertidas memórias, mas efetivamente já teve o seu tempo. Agora já não está de todo presente nos meus horizontes. Quando um dia tiver muitas saudades, facilmente arranjo um desfile do meu querido João Rolo para me divertir e voltar a estas lides, ainda que apenas de forma muito pontual.
– Mas gosta do ambiente dos desfiles?
– Sim, gosto daquela adrenalina, daquela pressa tresloucada.
– Fez amigos no mundo da moda?
– Sim. Inúmeros, felizmente, e que ainda mantenho no meu círculo de amigos.
– É considerada uma mulher bonita. Isso dá-lhe autoconfiança ou, pelo contrário, insegurança?
– Digamos que me sabe muito bem saber isso, mas sei que a lei da gravidade e o envelhecimento são inevitáveis. Como nunca vivi em função da beleza, mas sim da felicidade, estou tranquilíssima. Venham anos, muitos!!
– Com três filhos cuja roupa tem de escolher, etc… Tem tempo para escolher o que quer vestir ou acaba por vestir o que lhe aparece à frente?
– Sou a última, e depois de escolher roupas para os meus três amores pequeninos, quando chega a minha vez já estou com muito menos tempo e paciência para indumentárias elaboradas. Normalmente, é o que salta à primeira vista.
– É do género regrado, que deixa a sua roupa pronta de véspera, ou prefere deixar para o próprio dia e escolhe consoante o estado de espírito?
– O tempo ajuda a determinar o mood e o dress code do dia. [risos]
– Confia na opinião do Pedro? Cos-tuma perguntar-lhe se ele gosta de a ver com determinadas peças ou decide sozinha?
– Confio muito na opinião do Pedro, porque ele tem muito bom gosto e porque adoro que ele goste de me ver…
– Para a escolha do guarda-roupa pesa o facto de ser figura pública?
– Tem dias… [risos] Mas nunca arrisco grandes loucuras na roupa. Gosto de me sentir feminina e jovial, mas confortável.
– Quem escolhe a roupa do Pedro?
– Ele próprio. Eu já desisti dessa tarefa há muito!
– O Pedro arrisca oferecer-lhe roupa?
– Sim. E normalmente corre-lhe bem. Que sorte… Para os dois!
– E para os vossos filhos, quem é que se ocupa dessa tarefa?
– Eu, só e sempre!
– Eles já querem escolher a roupa ou ainda não lhes dá essa possibilidade?
– Tentam, mas eu ainda não permito. Têm a vida toda para o fazer e eu ainda quero ter este prazer por mais algum tempo. Adoro!
– A Laura e a Maria Luísa, pelo facto de serem meninas, são mais exigentes?
– Sim, bastante mais, mas a mamã é que manda! [risos]