Num cenário pós-pandemia, em que as dúvidas e incertezas preenchem um grande espaço, o jovem estilista Estelita Mendonça, interroga-se sobre a ideia de movimento e sobre “a forma como as pessoas, as nações e os conceitos se movem e se transformam durante o tempo”. Assim, num jogo de camadas construído através da ‘brincadeira’ entre diferentes texturas e cores, costuras e acabamentos foram expostos, como se algumas peças ainda estivessem em processo de transformação. É desta forma que o estilista representa o conceito de transformação e mudança dentro do movimento.
Transparências, opacidades, pontos de contraste e texturas ajudam a reforçar este conceito transportado para as peças. Numa coleção urbana e casual, T-shirts bordadas com estampado ziguezague que ligam vários pontos entre eles, quase como uma trajetória, ocupam um lugar de destaque nas propostas do estilista.
Relativamente a cor, apostou num “fundo neutro onde algumas cores fortes aparecem. Há uma sensação de roupa desportiva na coleção que também nos dá pistas de movimento”.