O vestido com que a princesa subirá ao altar da Catedral de S. Nicolau, em Estocolmo, ao final da tarde de dia 19 de Junho, está pronto; a decoração dos salões do Palácio Real onde decorrerão o banquete e o baile com que culminará o grande dia está acabada; a ementa e o programa musical escolhidos; a lista de confirmações dos convidados – mil e cem – completa. Entre a azáfama dos preparativos,
Victoria da Suécia e o seu futuro marido,
Daniel Westling, dedicaram algum tempo da sua apertada agenda a entrevistas, partilhando com os jornalistas como se sentem nesta fase de muitas emoções e como querem viver o dia do seu casamento. Uma celebração na qual reservarão espaço só para os dois – apesar dos 1500 jornalistas acreditados -, pois, como frisou a princesa ao diário
SvD,
"não direi o sim às câmaras de televisão, aos convidados ou aos paroquianos. O meu sim será só para o Daniel".
Victoria reconheceu também, para o programa de televisão
Ekot, que além de maravilhada, se sente nervosa e stressada.
"Se bem que imagino que todos os casais tenham a mesma sensação de pânico." Medos à parte, o balanço do noivado foi muito positivo:
"Está a ser tudo emocionante. E é fantástico partilhar com Daniel aquilo que faço. É divertido sermos dois."
Essa vida a dois terá como cenário o Palácio de Haga, futura residência oficial do casal. Um edifício que encanta Victoria, pela envolvente e porque os seus avós paternos – que não conheceu – viveram ali.
"Estamos a tentar recriar um ambiente especial nesta casa, que será o nosso lar, mas também onde exerceremos as nossas funções de representação. A História tem de estar presente."
Ao diário
Svenska Dagbladet, os noivos explicaram o que significa para eles amar. Ele diz que é
"quando a outra pessoa é mais importante do que nós próprios"; ela defende que
"é querer passar cada minuto com alguém e viver tudo com essa pessoa".
Victoria e Daniel, que dirige uma cadeia de ginásios em Estocolmo, também recordaram como tudo começou, há quase nove anos, e como ele passou de
personal trainer da princesa a seu namorado.
"Não sei se se consegue saber quando a amizade se transforma em amor, mas, de repente, um dia perguntamo-nos: ‘O que é que está a acontecer?’", referiu Daniel. E Victoria afirmou que se demoraram tempo a tomar a decisão de se casarem foi porque
"Daniel tinha de se acostumar a grandes mudanças". E, dirigindo-se ao noivo, a princesa acrescentou:
"Que sacrifício! Teres de deixar tudo aquilo por que lutaste! Um casamento comigo significa que te casas com tudo o que rodeia a minha pessoa e que deves dar tudo pela Suécia." Sem hesitar, Daniel respondeu:
"É um privilégio poder partilhar a vida com uma pessoa tão assombrosa. Mas também sinto a responsabilidade e a honra de servir o país e os suecos. Precisei de tempo, agora estou preparado."
Sobre o risco de viver para sempre à sombra da princesa, Westling garantiu que foi educado a considerar os homens e as mulheres iguais e que saberá manter a sua autoestima mesmo
"caminhando um, dois ou dez passos atrás de Victoria".
O futuro príncipe consorte frisou ainda que vê mais denominadores comuns nas suas educações do que diferenças.
"É claro que crescemos em ambientes diferentes, mas falamos com frequência das coisas que tivemos nas nossas famílias – união e amor – e sentimos que partilhamos muitos valores. Valores esses que esperamos transmitir aos nossos filhos."
Victoria e Daniel não conseguem esconder a enorme felicidade que estão a sentir. E o mesmo acontece com os suecos, que estão a viver com grande entusiasmo o casamento real, como o demonstram as ofertas que têm feito aos noivos: desde um serviço de copos de cristal com mil peças, que ostenta o monograma do casal, a candelabros de prata, uma noite a bordo do barco Gotemburgo, luvas para o frio – presente tradicionalmente dado aos noivos no seu país -, poemas, canções e até 100 mil abelhas da Associação de Apicultores.
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*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.