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Infanta Cristina de Espanha
Guetty Images
A Secção Primeira da Audiência Provincial de Palma de Maiorca recusou o pedido apresentado pela infanta Cristina de modo a evitar sentar-se no banco dos réus durante o julgamento do caso Nóos. A filha dos reis Juan Carlos e Sofía tinha solicitado aos juízes a resolução do caso antes da data prevista para o julgamento e assim aplicar a doutrina Botín – que impede o magistrado de julgar alguém unicamente pelas acusações de ação popular, neste caso da União Mãos Limpas.
O tribunal comunicou ainda às partes que os pedidos apresentados serão apenas resolvidos durante a fase das questões prévias, no início do julgamento, o que quer dizer que Cristina terá de se apresentar na sala, pelo menos nas primeiras audiências.
A infanta vai ser julgada por cumplicidade nos crimes de fraude fiscal cometidos pelo marido, Iñaki Urdangarín, entre 2003 e 2006, enquanto era presidente do Instituto Nóos.
Tanto a defesa da infanta Cristina como a Procuradoria Anticorrupção alegam que seja aplicada a norma anterior pois, de acordo com a lei espanhola, as pesquisas contra um acusado devem ser arquivadas se o Ministério Público assim o exigir. Recorde-se que a União Mãos Limpas pede oito anos de prisão para a infanta.