Durante o fim-de-semana, os dinamarqueses estiveram na capela do palácio de Christianborg para o último adeus ao príncipe Henrique, que morreu na passada terça-feira, dia 13 de fevereiro, durante a noite. Aos 83 anos, o príncipe, que nunca se pôde tornar rei, como era seu desejo, não resistiu a uma infeção pulmonar, que veio agravar o seu estado de saúde. Sabe-se que Henrique da Dinamarca sofria de problemas vasculares e de demência, segundo informação avançada pela família real, em setembro do ano passado.
Este sábado, mais de cinco mil pessoas aguardaram, ao frio, a sua vez de chegar perto do caixão do príncipe. Alguns tiveram que esperar na fila durante mais de uma hora para estarem apenas alguns segundos na capela. Esta segunda-feira é o último dia para os dinamarqueses se despedirem de Henrique da Dinamarca. Amanhã, dia 20 de fevereiro, será o funeral, que por vontade do próprio contará apenas com a presença da família e dos amigos mais próximos.
Desde a morte do príncipe, os dinamarqueses não se têm poupado em homenagens: milhares de flores têm sido depositadas nas ruas, especialmente na entrada do palácio de Christianborg, e salvas foram disparadas em sua honra. As bandeiras dos edifícios governamentais estão colocadas a meia haste e muitas casas reais já fizeram chegar as suas condolências à rainha Margarida e restante família real dinamarquesa.
O caixão, em redor do qual foram colocadas coroas de flores, está guardado por dois membros da Marinha, pertencentes ao Navio Real Dannebrog, por soldados da Guarda Real e pela Força Aérea, que permanecerão nas suas posições até às sete horas da tarde desta segunda-feira.
Na manhã do passado sábado, a rainha e os filhos Frederico e Joaquim, acompanhados das suas mulheres, Mary e Marie, respetivamente, estiveram na capela, que só abriu ao público às três horas da tarde do mesmo dia.
De salientar que a casa real partilhou algumas imagens da capela na sua página oficial no Facebook, para que todos os dinamarqueses que não tiveram hipótese de estar presentes no local pudessem, de alguma forma, acompanhar as cerimónias fúnebres.
Recorde-se que o príncipe será cremado, como era sua vontade, numa cerimónia íntima, que terá início às 11h da próxima terça-feira e que contará com a presença da família e amigos de Henrique. As cinzas serão depois divididas ao meio, em partes iguais. A primeira metade será depositada nos jardins privados de Fredensborg, residência que o príncipe escolheu para passar as últimas horas de vida, enquanto a segunda metade será deitada ao Mar Báltico, como era seu desejo.