Inés Zorreguieta morreu esta quarta-feira, 6 de junho. Mas quem foi, afinal, a irmã mais nova da rainha Máxima da Holanda? Filha de Jorge Zorreguieta, ex-ministro da Agricultura durante a última ditadura militar, e Maria del Carmen Cerruti Carricart, nasceu em 1985 e era a mais nova de sete irmãos e a preferida da monarca. Por esse motivo foi escolhida para ser madrinha de batismo da filha de Máxima, Ariana, que nasceu em 2007.
Máxima e Inés sempre foram próximas e presentes na vida uma da outra: quando a monarca casou, a irmã mais nova manteve-se sempre por perto, tendo recebido inclusivamente tratamento especial. Meses depois do casamento, Máxima viajou para assistir à cerimónia de formatura da irmã, em Buenos Aires. Anos mais tarde, quando terminou o curso de Psicologia, na Universidade de Palermo, na Argentina, voltou a ter a irmã ao seu lado.
A rainha tentou mantê-la por perto, convencendo-a a estudar numa pós-graduação e a instalar-se em Amesterdão, mas Inés recusou sempre, tendo aceitado trabalhar como investigadora nas Nações Unidas no Panamá. Lá conheceu um jovem argentino, com quem namorou até 2012, ano em que regressou a Buenos Aires.
No início de 2016 viu-se envolvida numa polémica na Argentina por lhe ter sido atribuído um cargo público para o qual não apresentava as competências necessárias. Na altura, foi publicado em Boletim Oficial do Estado (equivalente ao Diário da República) que Inés foi selecionada “com autorização especial por não reunir os requisitos mínimos estabelecidos no artigo 14 do Sistema Nacional de Emprego Público”. À época com 31 anos, tinha trabalhado como única experiência profissional o facto de ter trabalhado como investigadora das Nações Unidas no Panamá. A decisão foi duramente criticada na Argentina, sobretudo porque a nomeação foi feita por Mauricio Macri, o presidente que assumiu como uma das bandeiras da sua campanha o fim do favorecimento de amigos ou familiares.
Apaixonada por música, participou em competições e admitiu ter sido fortemente influenciada pelos estilos que se escutavam em sua casa, dos clássicos ao rock, não esquecendo a pop. Estudou canto e guitarra em 2013 mas antes disso já se tinha revelado uma verdadeira autodidata, procurando aprender sozinha.
A partir de 2012 começou a apresentar problemas de saúde graves, que levaram ao seu internamento numa clínica em virtude de distúrbios alimentares e uma grave depressão, que viriam a culminar na sua morte esta quarta-feira, a 6 de junho.