1 – Uma cor premonitória
Diana tinha apenas 19 anos quando, a 15 de março de 1985, usou este pesado modelo de noite da dupla David e Elizabeth Emanuel (que criaram, também, o seu vestido de noiva), naquele que foi o seu primeiro evento oficial depois do anúncio do noivado com Carlos. Apesar de estar longe de imaginar que não viveria feliz para sempre com o seu príncipe, a escolha do preto – cor que a família real reserva para os momentos de luto – quase pareceu um mau presságio.
2 – Lua de mel, lua de fel
Depois de uma viagem de 16 dias pelo Mediterrâneo, a bordo do iate real Britannia, os recém-casados terminaram a lua de mel em Balmoral, na Escócia, onde foram fotografados num passeio romântico. Soube-se mais tarde que Diana já tinha a noção de estar “numa relação a três”. Numa carta escrita durante a lua de mel, revelou que estava a ser “uma oportunidade perfeita para pôr o sono em dia”.
3 – Tragédia grega
Sob o seu véu de tule, a noiva parecia radiosa, mas tinha passado as horas que antederam o casamento – celebrado a 29 de julho de 1981 – a vomitar. Dias antes, Carlos fora ter com Camilla à Austrália para a “despedida de solteiro”. Em 1992, pouco antes da separação, o príncipe escreveu numa carta que o seu casamento era “uma espécie de tragédia grega”.
4 – Nora e sogra de costas voltadas
Isabel II terá começado por gostar de Lady Diana Spencer, ou não a teria aprovado para futura mulher do herdeiro do trono. A fragilidade emocional que a sua jovem nora revelou, porém, depressa agastou a soberana, adepta convicta do autocontrolo e do estoicismo.
5 – O peso da coroa
Diana era princesa de Gales há menos de dois anos quando, num banquete na Nova Zelândia, em abril de 1983, foi fotografada em evidente desconforto com a tiara de pérolas e diamantes que escolhera para essa noite. Uma imagem bem simbólica do peso que o seu destino real implicava.
6 – A felicidade de ser mãe
Os filhos foram, sem dúvida, o único aspeto positivo do casamento de Carlos e Diana. Para o príncipe, porque assegurara finalmente um herdeiro para o trono, para a princesa, porque adorava crianças. William, nascido a 21 de junho de 82, e Harry, que nasceu a 15 de setembro de 84, tornaram-se a sua razão de viver.
7 – Uma ‘outsider’ na família
Apesar de ter nascido numa família nobre e estar perfeitamente habituada à rigidez das classes altas inglesas, Diana nunca se integrou verdadeiramente entre os Windsor, parecendo sempre estar a mais na maioria das imagens reais.
8 – Tempo de esperança
Diana engravidou dois meses depois de casada. E a perspetiva da chegada de uma nova vida levou-a a acreditar que a sua relação com Carlos ainda tinha uma hipótese. Por isso, as fotos da gravidez mostram-na mais radiosa do que nunca.
9 – O aumento emocional da popularidade
Diana encontrou aquilo que não recebia do marido – amor, carinho, compreensão – junto da multidão anónima, que a idolatrava e lhe devolvia uma imagem de si própria quase divina. Essa idolatria acabou por ser um dos principais alimentos emocionais da princesa.
10 – Como uma estrela de cinema
Em maio de 1987, Carlos e Camilla foram os convidados de honra do Festival de Cannes. Num esvoaçante vestido de chiffon azul pálido de Catherine Walker que poderia ter sido usado por Grace Kelly num filme, a princesa roubou as atenções de todas as estrelas de cinema que desfilaram pela passadeira vermelha.
11 – Mãe atenta e todo-o-terreno
Desde que impôs como condição levar William ainda bebé numa longa viagem à Austrália e Nova Zelândia, Diana deixou claro o estilo de mãe que era: totalmente disponível para os filhos, com os quais se divertia muitíssimo.
12 – Podia ter dançado toda a noite
Diana estudou dança clássica e sonhava ser bailarina. E apesar de Carlos não ser o mais exímio dos pares – na pista de dança e fora dela –, a princesa teria adorado que naquela noite de 85, na Austrália, a orquestra tivesse tocado I Could Have Danced All Night.
13 – A mais fotografada do mundo
Nem a famosa timidez que nos primeiros tempos a fazia baixar a cabeça em público e mal olhar as pessoas de frente impediu Diana de se tornar, desde o dia do seu noivado, a 24 de fevereiro de 1981, até à data da sua morte, a 31 de agosto de 1997, a mulher mais fotografada a nível mundial. Para irritação tanto de Carlos como de Isabel II, que nunca tiveram com as câmaras a mesma capacidade de sedução quase inata.
14 – O simples vestido preto da vingança
Diana ainda estava casada quando comprou o famoso “little black dress” sem ombros e saia de corte assimétrico de Christina Stamboli, mas teve medo que fosse demasiado ousado e guardou-o. Para a mulher segura em que se transformou depois da separação, no entanto, era, apenas, o vestido perfeito. Quando o usou, em 1994, na noite em que Carlos confessou na televisão que lhe tinha sido infiel, a imprensa chamou-lhe “o vestido da vingança”.
15 – Uma princesa de causas
Uma infância e adolescência marcadas pelas discussões dos pais e a sua posterior separação, que a afastou da mãe, e um casamento terrivelmente infeliz fizeram Diana Spencer conhecer na pele o sofrimento, que se manifestou em vários transtornos psicológicos. Muitos ter-se-iam autocentrado com essas vivências, mas a princesa de Gales reagiu precisamente ao contrário: mostrou-se atenta aos outros e capaz de uma empatia que a levou a abraçar sempre as causas dos mais fracos.
16 – Divórcio não a afastou da ribalta
Separada de Carlos desde finais de 1992 e divorciada em 1994, Diana não perdeu o título nem deixou de ter uma ocupadíssima agenda oficial. Um ano antes de morrer, destacou-se, ao lado dos filhos, nas comemorações dos 50 anos do fim da II Guerra Mundial.
17 – Uma agenda preenchida
A Casa Real tinha tanta noção da popularidade de Diana que fez questão, no pós-divórcio, que a ex-mulher de Carlos mantivesse uma agenda oficial. E a princesa não se fez rogada, comparecendo a inúmeros eventos um pouco por todo o mundo, sobretudo de cariz solidário. Nesta foto, à chegada a uma gala em Chicago.
18 – A última reunião real
Pelos filhos, a princesa de Gales fazia todos os sacrifícios. Inclusivamente, o de conviver com a família real. Uma das últimas ocasiões em que isso aconteceu foi no dia da confirmação de William na Igreja Anglicana, em março de 97. Cinco meses antes de morrer, portanto. E a sua postura corporal nas fotos evidenciava bem que isso já não a afetava de todo. Tinha dado a volta por cima.
19 – Pela paz sem medo da morte
Diana começou 1997, o ano da sua morte, com uma visita a um campo de minas em Angola. Confessou, mais tarde, que temeu não sair dali com vida. Mas isso não a impediu de pisar o terreno minado. Não o fez por irresponsabilidade, mas sim por coragem. Porque sabia que o seu exemplo era a melhor forma de chamar a atenção internacional para este drama.
20 – Amor eterno
O tempo poderia ter afastado Diana de Dodi Al-Fayed, mas aquela noite de 31 de agosto de 1997, em Paris, manteve-os unidos para sempre. Esse fim trágico acabou por dar a este último amor um toque mítico, romanesco. Porque os grandes amores ao estilo de Romeu e Julieta nunca acabam bem. Por isso é que são eternos.
20 imagens que relatam os altos e baixos da vida de Diana
Recordamos a ‘princesa do povo’, que morreu a 31 de agosto num acidente de viação em Paris.
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